OPINIÃO
- * Por Marta Almeida Gil
O Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres foi criado em 1989, pela Assembleia das Nações Unidas visando mobilizar a sociedade para participar da adoção de medidas de prevenção, ao invés de reagir depois do acontecido.
Os desastres climáticos estão se tornando cada vez mais frequentes e intensos e são sentidos mais intensamente por grupos vulnerabilizados: Pessoas com Deficiência, quilombolas, indígenas, populações ribeirinhas, negros, comunidades tradicionais, gerando pobreza e interferindo sobre o desenvolvimento socioeconômico dos países.
Há uma forte relação entre eventos meteorológicos extremos, ações humanas (desmatamentos, incêndios, uso inadequado de recursos hídricos) e seu impacto sobre grupos vulnerabilizados.
A Organização Panamericana de Saúde afirma que as Pessoas com Deficiência têm de 2 a 4 vezes mais chances de morrer em desastres e emergências do que pessoas sem essa condição.
O projeto “Resgate Inclusivo: Pessoas com Deficiência e Eventos Climáticos Extremos” visa contribuir para responder a essa situação, atuando em três eixos e contando com a participação de Pessoas com Deficiência em todas as etapas:
- Produção de informações acessíveis e divulgação em canais próprios, de parceiros e aliados;
- Desenvolvimento, aplicação, monitoramento e avaliação de metodologia de ação, atuando em rede com o setor público, setor privado, organizações de assistência humanitária, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros civil e militar, Brigadistas, Conselhos de Direitos de Pessoas com Deficiência, Organizações da sociedade civil e pessoas voluntárias;
- Capacitar pessoas multiplicadoras para replicar a metodologia.
Conhecer para prevenir, mitigar e recuperar
Que ninguém fique para trás!
Nada sobre nós sem nós!
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(*) Marta Almeida Gil, socióloga, coordenadora do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas e idealizadora do projeto “Resgate Inclusivo: Pessoas com Deficiência e Eventos Climáticos Extremos”.
