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CPB e CBDN convocam delegação brasileira para Jogos Paralímpicos; conheça os atletas

CPB e CBDN convocam delegação brasileira para Jogos Paralímpicos; conheça os atletas Evento será disputado entre os dias 04 e 13 de março deste ano; Brasil levará sua maior delegação da história em uma edição da competição

Evento será disputado entre os dias 04 e 13 de março deste ano; Brasil levará sua maior delegação da história em uma edição da competição

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) convocaram os seis atletas do país que participarão dos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim 2022. A convocação foi feita na tarde desta quinta-feira, 13, em live transmitida pelas redes sociais (Facebook e Youtube) das duas entidades.

Os atletas convocados foram: Aline Rocha, Cristian Ribera, Guilherme Cruz Rocha, Robelson Moreira Lula e Wesley dos Santos, da modalidade esqui cross-country, além de André Barbieri, que disputará provas de snowboard. 

O anúncio foi feito por Mizael Conrado, presidente do CPB, e Anders Pettersson, presidente da CBDN e que também será o chefe da missão brasileira em Pequim durante os Jogos. O evento está marcado para acontecer entre os dias 04 e 13 de março deste ano. 

Mizael ressaltou que esta será a maior a delegação brasileira em uma edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno em toda a história: “Quero parabenizar todos os atletas. Todos nós sabemos as dificuldades. É muito difícil passar por um ciclo como esse e conquistar uma vaga em uma competição na neve. Há outros países com mais tradição. Começamos nossa participação apenas há oito anos e, hoje, já levamos seis atletas. Com certeza, eles vão viver um momento único e com a honra de representar um país de mais de 200 milhões de pessoas”, pontuou o presidente do CPB. 

Anders afirmou que a classificação de seis atletas para os Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim 2022 só foi possível pela parceria entre a CBDN e o CPB. “É um trabalho de longo prazo. Em 2015, já traçamos um planejamento para três ciclos paralímpicos [2018, 2022 e 2026]. Investimos em tecnologia e em treinamentos na Europa. Tudo isso para dar as melhores condições aos atletas. Esperamos o melhor desempenho brasileiro na história do evento”, disse o presidente da CBDN. 

Além deles, Jonas Freire, diretor de esportes de alto rendimento do CPB, e Gustavo Haidar, supervisor técnico esportivo da CBDN, também estiveram presentes no evento online.

Durante a apresentação, os representantes do CPB e da CBDN contaram como foi feita a seleção dos atletas e como será a presença brasileira nos Jogos. Além deles, os seis atletas convocados também participaram da transmissão por meio de vídeo. Eles finalizam a preparação para o evento na Europa. 

Pequim 2022 será a terceira vez que o Brasil participará dos Jogos Paralímpicos de Inverno. A primeira participação aconteceu em 2014, em Sochi, na Rússia, quando dois atletas do país estiveram no evento. Em PyeongChang, na Coreia do Sul, quatro anos depois, foram três representantes brasileiros.

O programa dos Jogos Paralímpicos de Inverno contempla as modalidades disputadas na neve (esqui alpino, esqui cross-country, biatlo e snowboard) e os esportes de gelo (para hóquei no gelo e curling em cadeira de rodas).

O que disseram os atletas:

Aline Rocha
“Estou muito feliz com a oportunidade de representar mais uma vez o meu país nos Jogos Paralímpicos de Inverno. Será a minha segunda participação no evento e eu conto com a torcida de todos”. 

Cristian Ribera
“Estamos finalizando a preparação para os Jogos. Faltam só 50 dias. Espero ir muito bem e melhorar tecnicamente. Quem sabe um top 5? Torçam por nós!”. 

Guilherme Cruz Rocha
“Eu e a minha família estamos muito contentes com essa convocação. Treinei por quatro anos para esse momento, para essa grande conquista [a convocação]. É uma bênção. Espero chegar aos Jogos, mostrar tudo o que treinei e conseguir bons resultados. Esse é o objetivo de todos os atletas”.

Robelson Moreira Lula
“Minha meta é ter uma boa colocação nos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim 2022. Estou muito empolgado para participar da competição”. 

Wesley Vinícius dos Santos
“É um grande orgulho fazer parte da delegação brasileira. É uma honra ter recebido essa convocação. Espero ter um ótimo desempenho e voltar com aprendizado para treinar ainda mais, colaborando com a evolução da modalidade [esqui cross-country] no país”.

André Barbieri 
“Estou com muita expectativa e muito animado, com duas pranchas novas para a prática do snowboard. Elas são mais rígidas. Então, estou me adaptando. Na minha modalidade, tudo pode acontecer. Você pode ir de quarto para o primeiro lugar em questão de segundos. Vou dar o meu melhor”. 


Confira os perfis dos seis atletas que vão representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim 2022:

Aline Rocha
Nascimento: 20/02/1991, Pinhão (PR)
Modalidade: esqui cross-country 
História: Aline ficou paraplégica após sofrer um acidente automobilístico aos 15 anos. Iniciou a prática no esqui cross-country em janeiro de 2017. No ano seguinte, em 2018, tornou-se a primeira mulher do país a competir em uma edição dos Jogos Paralimpícos de Inverno, em PyeongChang, na Coreia do Sul. Antes, em 2016, Aline participou dos Jogos Paralimpícos Rio 2016. Ela competiu em corridas de cadeira de rodas: 1.500 m e maratona. 
Principais resultados: 15º lugar nos 12 km, 12ª colocada nos 5 km e 13º lugar no revezamento, com Cristian Ribeira, nos Jogos Paralímpicos de Inverno PyeongChang 2018; nona colocada nos 1.500 m nos Jogos Paralimpícos Rio 2016; décima colocada na maratona nos Jogos Paralimpícos Rio 2016; tetracampeã da prova de cadeirantes da São Silvestre; bronze na Copa do Mundo de Vuokatti, em 2018; bronze na Copa do Mundo de Planica, em fevereiro de 2021; quarta colocada na Maratona de Boston em 2018.


Cristian Ribera
Nascimento: 13/11/2002, Cerejeiras (RO)
Modalidade: esqui cross-country 
História: Cristian nasceu com artrogripose – doença congênita das articulações das extremidades – e, em busca de tratamento, mudou-se de Rondônia para São Paulo. Começou no esporte com 15 anos, quando foi o atleta mais jovem a participar dos Jogos Paralímpicos de Inverno PyeongChang 2018. Já passou por 21 cirurgias para a correção das pernas. Hoje, além do esqui cross-country, também faz natação, atletismo e anda de skate. 
Principais resultados: Sexto colocado nos Jogos Paralímpicos de 2018 (melhor resultado do Brasil na história do evento); bronze na Copa do Mundo de Vuokatti 2018; duas vezes medalha de prata na Copa do Mundo de Finsterau, em 2020; vice-campeão geral no Circuito de Copas do Mundo 2019/20. 


Guilherme Cruz Rocha
Nascimento: 20/03/1996, Jundiaí (SP)
Modalidade: esqui cross-country 
História: Guilherme teve a perna amputada em um acidente de motocicleta. Ele descobriu a modalidade em 2017. 
Principais conquistas: Oitava colocação em uma prova de sprint na Copa do Mundo de Planica, na Eslovênia, em março de 2021


Robelson Moreira Lula
Nascimento: 04/05/1993, Juru (PB)
Modalidade: esqui cross-country 
História: Um câncer aos 12 anos de idade gerou a amputação do membro inferior direito acima do joelho. Em São Carlos (SP), onde reside há 10 anos, começou no esporte. Tentou a iniciação na natação, mas migrou rapidamente para o handebol em cadeira de rodas e atletismo. Em 2018, conheceu o esqui cross-country, modalidade pela qual disputou a Copa do Mundo no mesmo ano, em Vuokatti, na Finlândia. 
Principais resultados: Atleta revelação da temporada 2018-2019; atual líder do ranking do Circuito Brasileiro de para rollerski; campeão da etapa brasileira de curta distância de esqui cross-country em 2019.


Wesley Vinícius dos Santos
Nascimento: 11/03/1998, Jundiaí (SP) 
Modalidade: esqui cross-country 
História: Wesley tem uma lesão medular causada por acidente sofrido aos 6 anos de idade.
Principais resultados: 18º lugar na prova short distance na Copa Europa, em Vuokatti, na Finlândia (2021); Oitava colocação na prova long distance na Copa Norte-Americana, em Bozeman, nos EUA (2021). 


André Arenhart Barbieri
Nascimento: 24/03/1981, Lajeado (RS)
Modalidade: snowboard
História: Em 2011, ele quebrou o fêmur da perna esquerda após cair enquanto praticava snowboard, em Mammoth Mountain, na Califórnia, nos EUA. Depois de quatro operações em cinco dias para reconstruir sua perna, o membro afetado precisou ser amputado. Após a amputação, André chegou a disputar provas de triatlo e surfe adaptado até descobrir o snowboard paralimpíco. 
Principais conquistas: Medalha de prata e bronze na etapa de Big White (Canadá) da Copa Norte-Americana de Snowboard. Participações em etapas da Copa do Mundo em Landgraaf (Holanda) e em Pyha (Finlândia).

Fonte: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

Conteúdo editado e conferido por www.diariopcd.com.br.

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