A criançada exagerou nos doces nas férias? Cuidado com o diabetes infantil!
Durantes as férias, sem poder sair de casa pela nova onda de Covid-19, muitas crianças exageraram na comilança para se distrair. Agora que as aulas estão de volta – com toda força depois do carnaval, o 3º país com mais casos de diabetes infantil no mundo, está cheio de pais preocupados com o bem estar de seus filhos.
O diabetes infantil, também conhecido como diabetes Tipo 1, é uma doença crônica que costuma surgir na infância e na adolescência, quando o organismo tem reações autoimunes e começa a fabricar anticorpos que impedem a produção de insulina pelo pâncreas. Com isso, o paciente fica prejudicado pela falta desse hormônio e há um aumento nas taxas de glicose no sangue. Normalmente, os níveis de glicose aceitáveis são de até 99mg/dL. Quando essa quantia é ultrapassada torna-se preciso realizar exames para confirmar a presença do diabetes e dar início ao tratamento imediatamente. Vale destacar que existem dois tipos de diabetes: o Tipo 1 ou Infantil e o Diabete Mellitus Tipo 2. O segundo é mais comum em adultos, mas nos dois quadros, o estilo de vida e os hábitos alimentares são fatores importantes.
Os dois tipos da doença estão associados à herança genética, ao histórico familiar e a distúrbios metabólicos. No entanto, mesmo que essas características genéticas estejam presentes, a dieta e a prática de exercícios são fatores cruciais para determinar a aparição ou não de sintomas da doença. A diferença na qualidade de vida entre pacientes diabéticos comprova que hábitos de rotina influenciam diretamente no tratamento. Por isso, no caso das crianças, além do acompanhamento profissional, determinante para um controle mais efetivo do diabetes, o papel dos pais no cuidado e na conscientização torna-se fundamental. Como educação preventiva, os pais podem cozinhar com as crianças, acompanhar a dieta de restrição de açúcar e estar disponíveis para explicar porque o diabetes exige uma alimentação especial.
Para diagnosticar o diabetes com antecedência é preciso estar atento a possíveis sintomas da doença, entre eles: apatia; desânimo; irritabilidade; fome intensa; sede excessiva; emagrecimento rápido; cansaço e fadiga mental; mau humor e irritabilidade; sensação constante de boca seca; urina em grande quantidade e muitas vezes; e falta de concentração que dificulta a rotina escolar.
Quais são os perigos dessa doença?
A principal consequência do desenvolvimento de diabetes é o desequilíbrio do metabolismo. No caso do diabetes infantil, quem não faz o tratamento adequado torna-se mais vulnerável ao desenvolvimento de diferentes problemas de saúde, como doenças nos olhos, nos rins, no coração e no cérebro.
Além disso, há grande probabilidade do desenvolvimento diabético gerar circunstâncias socioemocionais complicadas. As crianças diabéticas têm, geralmente, perfil singular e uma rotina diferente. Isso as torna mais propensas ao desenvolvimento de dificuldades emocionais. Nesse grupo, há um risco maior para transtornos de ansiedade, crises de depressão ou alterações de comportamento. Cabe aos pais e aos professores ficar atentos para identificar eventuais problemas que podem comprometer a capacidade de concentração dos pequenos.
Como prevenir o diabetes infantil?
O diabetes infantil é multicausal, porém alguns fatores de influência podem ser controlados. Nesse contexto, a melhor forma de prevenção é o desenvolvimento de hábitos saudáveis. Entre eles é importante priorizar uma dieta balanceada, uma boa noite de sono e a realização de atividades físicas regulares. Igualmente relevante é visitar o médico e fazer exames regularmente.
Quais tratamentos são recomendados?
Mediante a confirmação diagnóstica do diabetes infantil, o ideal é seguir as orientações médicas. Tão importante quanto fazer a reposição de insulina, é incentivar hábitos mais saudáveis nas crianças que têm esse distúrbio.
Dieta especial
É importante evitar açúcar e equilibrar a quantidade de proteínas e gorduras na alimentação.
Medicamento
Para o controle do diabetes infantil, os médicos prescrevem injeções diárias de insulina. A quantidade de medicamentos a ser administrada é definida conforme o quadro clínico.
Suporte psicoterapêutico
Como essa doença causa impactos sobre a saúde física e emocional, o ideal é fazer terapia combinada à medicação e à dieta. Essa intervenção é fundamental para diminuir os riscos de complicações psiquiátricas.
Vale destacar, por fim, que o diabetes infantil é uma doença que pode ser prevenida. Para tanto, é necessário uma mudança no estilo de vida de toda a família. Além disso, o acompanhamento médico adequado é fundamental ao bem-estar e à qualidade de vida do paciente.
Fonte da pauta: Blog Cartão de TODOS
