CannabisDNA é um aliado dos médicos na indicação da dosagem correta e do tipo de substância mais indicada
O uso medicinal da cannabis tem se tornado cada vez mais popular no Brasil. Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) apontam que a autorização da importação do produto até o início de novembro de 2021 foi de 33.793. Já ao longo de 2020, o número foi 19.120. O aumento da procura e da prescrição médica acompanham o questionamento da dosagem correta e do tipo mais adequado para os tratamentos.
O DB Molecular, laboratório especializado em testes genéticos e moleculares, disponibiliza um exame molecular, conhecido como CannabisDNA, que é capaz de apontar a dose e a substância da cannabis mais indicada para tratar o paciente. Com ele é possível diminuir ou anular os efeitos colaterais do medicamento, uma vez que ele indica a melhor forma de condução da terapia medicamentosa.
De acordo com Maíra Ferreira, biomédica e especialista de produto do DB Molecular, a popularização do uso faz com que o exame seja cada vez mais necessário. “Como a medicação é indicada para pacientes que não tiveram respostas positivas com outros remédios, é essencial que a aplicação da cannabis seja precisa para zelar pela qualidade de vida deste paciente que já convive com um problema crônico. Com isso, o exame é a oportunidade de receber o medicamento adequado garantindo um ganho de bem-estar e sobrevida”, explica a biomédica.
O aumento na importação pode ser observado com mais consistência nos últimos seis anos. O número de pedidos teve um salto de 2.400%, correspondendo a um crescimento médio de 400% ao ano. Com a flexibilização da legislação brasileira, é possível encontrar os produtos em território nacional.
Atualmente o uso da cannabis, mais comumente o canabidiol (CBD), substância terapêutica livre de psicoativos extraída a partir da planta, é recomendada para os casos de epilepsia em que não há sucesso no controle da doença pela medicação tradicional. Porém há um movimento dos médicos na prescrição para outros tipos de doença, como artrose, Alzheimer e Parkinson. Segundo dados da Anvisa, o público requerente deste tipo de autorização saltou de 6,8% para 23,6%, de 2015 para 2019.
O procedimento
Maíra revela que o exame é realizado a partir da coleta de células da mucosa bucal. “O exame analisa os genes do paciente relacionados com o mecanismo de ação da cannabis, tanto no seu corpo como no sistema nervoso. Alguns componentes da cannabis, como o CBD e o THC (tetrahidrocanabidiol) fazem parte de uma classe de moléculas chamadas canabinoides. O desempenho das substâncias no organismo dependente de uma combinação de variáveis, incluindo genética pessoal e os cuidados com a saúde, ou seja, os efeitos desejados em uma pessoa nem sempre serão os mesmos em outras, por isso a importância do CannabisDNA para a personalização do tratamento”, complementa.
A especialista ainda acrescenta que o exame faz uma análise das substâncias quando relacionadas a doenças como: psicose e ansiedade, dores neuropáticas, insônia, transtorno alimentar, transtorno de personalidade, dependência de THC, alcoolismo, transtornos mentais e comportamentais pelo uso de cafeína e dermatite atópica. “Para cada um desses elementos, o resultado do exame indica o grau de metabolização das substâncias e os efeitos do THC, do CBD, e o THCV (tetrahidrocanabivarin), recomendando qual canabinoide é mais indicado para aquele paciente, de acordo com os genes deles”, finaliza.
Os testes são indicados para pacientes maiores de 18 anos que fazem uso da cannabis medicinal com recomendação médica.