O tema da campanha nacional deste ano (2022) para o Dia Mundial de Conscientização do Autismo — que acontece todo 2 de abril — é “Lugar de autista é em todo lugar“, com a hashtag #AutistaEmTodoLugar, para promover uma mensagem inclusiva à sociedade em relação às pessoas autistas.

O tema, escolhido tem o André, como o personagem autista da Turma da Mônica.

O objetivo desta campanha é conscientizar as pessoas a respeito do autismo. É uma mensagem da comunidade ligada ao autismo para toda a sociedade (de dentro para fora).

Vamos mostrar que Lugar de autista é em todo lugar, com direito a ser incluído em todos os lugares, escolas, parques, shopping, restaurantes, passeios, em todos os âmbitos, aspectos e contextos em nossa sociedade.

Você sabia que o autista também é considerado uma pessoa com deficiência?

A Lei 12.764 de 27/12/2012 de Berenice Piana diz, no artigo 1º, § 2º, que “A pessoa com Transtorno do Espectro Autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais”. E a Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência – Lei 13.146 de 06/07/2015 – diz no artigo 2º “Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Sendo assim, as pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) têm os mesmos direitos que uma pessoa com deficiência física ou visual e precisam ser incluídas.

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Você sabia que o atendimento prioritário é muito importante para a pessoa autista?

O autismo não tem cara, você não consegue identificar um autista pela sua aparência física. Por isso muitas vezes, autistas e suas famílias passam por discriminação e preconceito. Para muitos autistas é difícil ficar parado esperando em uma fila por muito tempo. A ociosidade, a falta de noção temporal e o excesso de estímulos sensoriais podem gerar irritabilidade, estresse, crises, e os outros podem achar que se trata de crianças rebeldes, mal-educadas, birrentas ou coisas do tipo.

Para muitos, aguardar em uma fila pode não ser problema, mas, para tantos outros, é um fator gerador de desestabilização e causador de muitos transtornos. É preciso esclarecer que o atendimento prioritário não se dá apenas durante a fila, mas em todas as etapas dos serviços, como, por exemplo, entrega do lanche, na busca do carro, no atendimento médico e na descida do toboágua, entre outros. Não adianta sair da fila e continuar esperando, mesmo que seja sentado. Então, entenda que direito não é privilégio. Portanto, não julgue, acolha, coloque-se à disposição para ajudar. 

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Você sabia que todos os estabelecimentos precisam incluir o símbolo do Autismo nas placas de atendimento prioritário?

O símbolo mundial do autismo é o laço de quebra-cabeça. Desde junho de 2017, em São Paulo, a Lei Estadual 16.756/17 obriga todos os estabelecimentos a incluírem o símbolo do autismo nas placas de atendimento prioritário. Muitos estados, como o RJ, MG, DF, AC, BA e RN, também possuem essa lei. Em 2020, a Lei Federal Romeo Mion 13.977/20 reforçou nacionalmente a importância da inserção do símbolo nas placas.
O símbolo nas placas de atendimento prioritário ajuda a evitar constrangimentos para as pessoas autistas e suas famílias, pois é muito comum questionarem ou julgarem uma pessoa autista que está em uma fila, por não ter nenhuma característica visível.

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Você sabia que pessoas autistas também têm direito aos assentos reservados?

A Lei Brasileira de Inclusão, nº 13.146 de 06 de Julho de 2015, diz que a pessoa com deficiência tem direito a assentos reservados. Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espetáculos e de conferências e similares, serão reservados espaços livres e assentos para a pessoa com deficiência, de acordo com a capacidade de lotação da edificação, observado o disposto em regulamento.
O autista também tem direito ao assento reservado. Ás vezes, ficar perto do palco pode ser melhor para a visualização, atenção, evitar aglomeração e o excesso de estímulos sensoriais.

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Você conhece a Hora do Silêncio?

A Hora do Silêncio é uma forma dos estabelecimentos acolherem os autistas e suas famílias. O excesso de estímulos sensoriais de estabelecimentos, como parques, supermercados, shoppings, pode causar desorganização sensorial em autistas com hipersensibilidade visual e auditiva.  Pensando nisso, alguns estabelecimentos criaram a Hora do Silêncio, onde durante uma hora por dia, em um dia da semana, eles diminuem o volume da música ambiente para o mínimo, diminuem a intensidade da iluminação em 50%, desligam TVs, luzes e letreiros luminosos e diminuem a circulação de funcionários e clientes. Desta forma, pessoas autistas e suas famílias podem ser incluídas e aproveitam melhor as saídas e passeios.

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