Instituto Jô Clemente (IJC) celebra seu aniversário de 61 anos e reforça a importância da autonomia e inclusão das pessoas com deficiência intelectual. Fundada em 1961, Instituição é referência nacional na causa e tem ampliado a sua atuação em diferentes serviços
O Instituto Jô Clemente (IJC), antiga Apae de São Paulo, completou 61 anos nesta segunda-feira, 4 de abril.
Fundada em 1961 por um grupo de pais de crianças com deficiência intelectual que acreditavam no potencial de seus filhos, a Instituição é uma das principais organizações atuantes em prol da inclusão de pessoas com deficiência intelectual na sociedade e atua em diferentes pilares: prevenção e promoção da saúde, defesa e garantia de direitos, inclusão social e promoção da autonomia, independência e protagonismo das pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, para que sejam incluídas em todas as esferas sociais, baseando sua atuação em ciência, pioneirismo e inovação.
Para marcar a data, foi lançada a campanha “nossa história se mistura com a sua”, que visa valorizar a importância e a trajetória de todas as pessoas que fizeram parte dos 61 anos do IJC, como funcionários, pessoas atendidas nos mais diversos serviços, familiares, conselheiros, voluntários, parceiros, fornecedores, entre outros. Fará parte da campanha um selo que reforça a evolução da Instituição ao longo dessas mais de seis décadas. A campanha terá peças nas redes sociais oficiais do IJC, além de veículos de mídia on-line e off-line.
“Desde a nossa fundação, utlizamos a ciência e a inovação como norteadores das nossas ações, o que nos torna referência na causa da deficiência intelectual, com serviços que promovem inclusão social, defesa de direitos e qualidade de vida dessas pessoas em todas as idades. Temos muito orgulho da nossa trajetória e da história que temos construído junto a todas as pessoas com as quais nos relacionamos. Nossa história, de fato, se mistura com a história de centenas de milhares de pessoas. Acreditamos no potencial da pessoa com deficiência intelectual e, por isso, lutamos por uma sociedade para todos”, diz Daniela Mendes, superintendente geral do Instituto Jô Clemente (IJC).
O IJC atua desde o nascimento até o processo de envelhecimento, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias acerca dos direitos das pessoas com deficiência intelectual.
Pioneiro no país, o Instituto Jô Clemente (IJC) implementou o Teste do Pezinho no Brasil em 1976 e, desde 2001, é um Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) credenciado pelo Ministério da Saúde, tendo sido um dos principais responsáveis pelo surgimento das leis que obrigam e regulamentam esta atividade, como por exemplo o Teste do Pezinho Ampliado, que aumenta de seis para mais de 50 a quantidade de doenças detectadas. Atualmente, o IJC é responsável pela realização da triagem de 82% dos bebês nascidos na capital paulista e 67% dos recém-nascidos do Estado de São Paulo. O laboratório da Instituição é o maior do Brasil em número de exames realizados e desde a sua implantação triou mais de 17,5 milhões de crianças brasileiras.
Entre os serviços oferecidos pelo IJC, além do Teste do Pezinho Ampliado, estão o Ambulatório de Triagem Neonatal, Ambulatório de Diagnóstico, Estimulação e Habilitação, Atendimento Educacional Especializado (na perspectiva da educação inclusiva), Psicopedagogia, Inclusão Profissional e Longevidade, Defesa e Garantia de Direitos, Jurídico Social, prevenção e apoio a situações de violência ou violação de direitos.
“Nosso propósito é promover o real protagonismo das pessoas com deficiência intelectual. Por isso, investimos muito em programas de inclusão social, tanto escolar quanto profissional. O último ano foi muito desafiador, ainda no contexto da pandemia, mas trabalhamos muito para conseguir manter a qualidade do nosso atendimento nos diversos serviços oferecidos pelo IJC, sempre com foco em garantir a excelência que nos tornou referência na causa da deficiência intelectual”, destaca Daniela.