O mês de Abril foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 como o Mês da Conscientização do Autismo, servindo para chamar a atenção da sociedade para o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com os estudos sobre essa condição neurológica sendo continuamente atualizados e cada vez melhor compreendidos, é um bom momento para educadores de todo o mundo refletirem sobre seus próprios conhecimentos sobre o assunto.
Afinal, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, estima-se que uma em cada 48 pessoas conviva com algum grau de TEA em 2021. Isso representa um aumento de 22% em relação a 2020, quando a proporção era de uma em cada 54 pessoas. Esses dados são muito diferentes das estatísticas de 2004, que consideravam uma em cada 166 pessoas dentro do espectro.
Com base nesses dados, é possível que você, como professor, tenha contato diário com alunos autistas, pais e colegas de trabalho, dentro e fora da sala de aula. Por isso é necessário levar em conta que o diagnóstico de condições neuro divergentes é muitas vezes um processo longo e complexo, único para cada indivíduo. Em um mundo ideal, todas as crianças poderiam receber apoio imediato e personalizado, mas a sociedade em que vivemos está longe de ser ideal.
Portanto, o papel do professor no apoio às famílias e alunos é fundamental. Oferecendo possibilidades e soluções inclusivas para uma educação comprometida com a acessibilidade e a equidade, você pode mudar a trajetória de alunos que apresentam comportamentos e condições que impactam seu processo de aprendizagem.
Mas como você pode conseguir isso?
Um bom começo é se manter informado sobre as práticas mais atualizadas para apoiar as pessoas no espectro e a visão atual dessa condição neurológica. Sites especializados em neurociência, centros de apoio especializados e ONGs focadas no apoio a pessoas com autismo são pontos de partida essenciais. Uma pesquisa rápida certamente abrirá sua mente para a amplitude dessa diversidade.
Existem ferramentas e métodos consolidados de trabalho educacional voltados para os alunos do espectro, sendo o modelo TEACCH um grande exemplo que apresenta flexibilidade para todos os envolvidos – alunos, professores e familiares. É também um método que tem muita sinergia com o atual momento de ensino híbrido que estamos vivendo, pois uma de suas principais características é o foco no aluno e suas necessidades específicas.
Deve-se sempre ter em mente que cada pessoa com autismo é diferente, evitando se ater a estereótipos obsoletos. Portanto, diferentes acomodações, autonomia e diálogo são essenciais no processo de ensino-aprendizagem dos autistas. Um design de aprendizagem acessível beneficia todos os alunos, neurotípicos e neuro diversos, por isso é uma situação em que todos ganham.
A comunicação e a compreensão das necessidades dos alunos são essenciais para tornar a aprendizagem um momento enriquecedor para os alunos do espectro. E a tecnologia é uma aliada do professor nesse sentido principalmente com o uso da plataforma CYPHER LEARNING.
Por exemplo, alunos que são muito sensíveis a sons e grandes grupos de pessoas podem se sentir mais confortáveis estudando em casa. Usando um ambiente virtual de aprendizagem no NEO com cursos online individualizados, você pode criar espaços de colaboração e socialização que incluam tanto alunos que desejam contato direto e pessoal quanto aqueles que se sentem mais à vontade em seu próprio ambiente.
Alguns alunos podem achar mais fácil aprender por meio de vídeos, mas os alunos no espectro podem achar isso uma distração. Usando o ensino adaptativo, você pode combinar diferentes preferências em um único espaço, onde cada aluno pode se relacionar com tarefas e conteúdos da melhor maneira. E isso possibilita que você como professor gerencie tudo isso de forma simples e centralizada.
Por fim, é importante lembrar que não existe uma receita pronta para atender às necessidades de aprendizagem dos alunos autistas. Por isso, é muito importante ouvir e entender suas motivações, dificuldades e desafios, ajudando a construir a cada dia uma sociedade mais unida e solidária por meio da educação apoiada na tecnologia.