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  • sex. nov 1st, 2024

Pesquisadores revelam variantes genéticas que afetam crescimento ou atrofia do cérebro

Pesquisadores revelam variantes genéticas que afetam crescimento ou atrofia do cérebro

Estudo com participação de pesquisadores da Unifesp revela como variantes genéticas comuns afetam as taxas de crescimento ou atrofia do cérebro

A estrutura do cérebro humano muda ao longo da vida. O crescimento cerebral alterado e taxas de declínio estão envolvidos com uma vasta gama de doenças psiquiátricas de neurodesenvolvimento e neurodegenerativas. Num estudo publicado recentemente na revista Nature Neuroscience e que contou, entre os autores, com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foram identificadas variantes genéticas comuns que têm impacto sobre as taxas de crescimento ou de atrofia do cérebro.
 

“Até onde sabemos é a primeira meta-análise de associação genômica relacionada às trajetórias cerebrais ao longo da vida. Dados longitudinais de ressonância magnética cerebral de 15.640 indivíduos foram usados ​​para calcular as taxas de mudança do cérebro para 15 estruturas cerebrais. Os genes identificados de forma mais robusta GPR139DACH1 e APOE estão associados a processos metabólicos. Demonstramos sobreposição genética entre depressão, esquizofrenia, funcionamento cognitivo, insônia, altura, índice de massa corporal e tabagismo”, explica Rodrigo Bressan, pesquisador-líder no Brasil do grupo de estudo e professor da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp. Além dele, assinam o artigo os seguintes pesquisadores da Unifesp: Pedro Pan, Sintia Belangero, Andrea Jackowski, Marcos Santoro e André Zugman.
 

Esse conjunto de genes tem impacto tanto no desenvolvimento inicial do cérebro quanto nos processos neurodegenerativos relacionados às mudanças cerebrais. A identificação de variantes envolvidas em mudanças estruturais do cérebro pode ajudar a determinar as vias biológicas relacionadas ao desenvolvimento cerebral normal e disfuncional, e também ao envelhecimento. “Este estudo contou com a participação de vários estudos do mundo todo, incluindo o Brazilian High Risk Cohort Study (BHRC), uma coorte de 2.500 crianças e adolescentes, a qual acompanhamos há mais de 10 anos e é fruto de uma colaboração entre a Unifesp, a USP e a UFRGS, apontada na literatura como uma das melhores o mundo para estudar neurodesenvolvimento”, complementa Pedro Pan.

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