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  • sex. nov 22nd, 2024

Fundação Dorina Nowill para Cegos utiliza aplicativos de acessibilidade desenvolvidos pela Microsoft

Fundação Dorina Nowill para Cegos utiliza aplicativos de acessibilidade desenvolvidos pela Microsoft

Com o uso das soluções Seeing IA e Soundscape, criados para pessoas com deficiência visual, Fundação Dorina tem observado mais autonomia de pessoas cegas e com baixa visão em tarefas cotidianas e no trabalho.

No Brasil existem 45,6 milhões de pessoas que declaram ter algum tipo de deficiência, segundo levantamento feito pelo IBGE. Desse total, são 6,5 milhões de pessoas cegas e com baixa visão. Ter recursos acessíveis para trabalhar, estudar e se divertir é algo essencial para que pessoas com deficiência tenham autonomia em suas atividades e se sintam incluídas na sociedade. Nesse aspecto, a tecnologia pode ser uma aliada para auxiliar no dia a dia de todos, principalmente quando são construídas com o conceito de acessibilidade desde seu desenvolvimento. É o caso dos aplicativos Seeing IA e Soundscape, criados para apoiar pessoas com deficiência visual e estão disponíveis em português brasileiro desde 2020. Mais do que um aplicativo no smartphone, essas ferramentas estão trazendo impacto para o cotidiano e incluindo pessoas cegas ou com baixa visão.

Esse é o caso de Andreia Queiroz, Revisora de Acessibilidade da Fundação Dorina Nowill para Cegos, que além de ter avaliado e revisado os aplicativos antes de serem lançados em território nacional, tem utilizado a solução desde 2020 em sua rotina. Segundo ela, os aplicativos têm proporcionado mais independência e autonomia em sua rotina. “Eu perdi minha visão há 16 anos e, desde então, conquistei muita coisa. Mas sabemos que, no dia a dia, as pessoas com deficiência ainda encontram inúmeras barreiras que as impedem de ter independência plena. Essas tecnologias foram capazes de me ajudar em diversas situações, como por exemplo, identificar nomes de ruas e caminhos para chegar a determinados locais, separar documentos para ir ao médico, comprar produtos específicos no supermercado e até identificar notas de dinheiro para pagar por produtos e serviços. Além de práticos e intuitivos, os aplicativos me possibilitaram ter uma vida mais independente. Já não vivo sem”, explica.

Uma das situações que deixa Andreia e outras pessoas cegas que ela conhece extremamente frustradas é pedir ajuda em um supermercado para escolher um determinado produto e acabar levando algo diferente para casa. Por exemplo, pedir por um biscoito sabor morango e, ao comer, se dar conta de que comprou um de limão. “Com o Seeing AI, ao apontar a câmera para o código de barras do produto, sei exatamente o que estou comprando”, afirma.

O Soundscape foi idealizado por Amos Miller, estrategista de produto e pesquisador do Grupo Enable da Microsoft Research, que perdeu a visão devido a uma doença genética ocular. Ao contrário dos aplicativos de navegação tradicionais que fornecem instruções atualizadas para cada mudança de direção, o aplicativo permite que o áudio 3D seja utilizado por meio de um fone de ouvido de realidade aumentada – o que significa que as instruções de som dadas para acessar um local coincidem com sua localização. Já o Seeing IA foi criado por Saqib Shaikh, engenheiro e gerente do projeto da Microsoft. A ferramenta utiliza computação em nuvem e Inteligência Artificial (IA) para descrever diversos elementos para pessoas cegas e com baixa visão. Sua utilização é bem simples, após a instalação no smartphone, basta apontar a câmera do celular para que ele seja capaz de transcrever textos curtos, documentos, produtos, além de identificar moedas e, até mesmo, descrever a emoção de pessoas.

A disponibilização dos aplicativos no país faz parte da iniciativa Microsoft Mais Brasil, um plano para contribuir e promover o crescimento econômico, fomentar a capacitação e empregabilidade, e promover o acesso à tecnologia para sustentabilidade, diversidade e inclusão. “A Microsoft cria soluções acessíveis por e para pessoas com deficiência e isso faz parte dos nossos pilares de atuação, pois acreditamos que a tecnologia pode empoderar as pessoas”, explica Alessandra Karine, líder de Diversidade e Inclusão e vice-presidente de Vendas para o setor público, saúde e educação da Microsoft Brasil. “Para permitirmos uma mudança transformadora, a acessibilidade precisa ser uma prioridade para todos e isso só acontecerá com intencionalidade e investimento”, conclui.

Para Carla De Maria, Gerente de Soluções em Acessibilidade da Fundação Dorina Nowill para Cegos contar com o suporte de tecnologias está apoiando o trabalho dentro da organização e em consultorias para outras empresas. “A Andreia Queiroz, integrante da área Comercial da Fundação Dorina utiliza os aplicativos para tornar suas atribuições no dia a dia mais acessíveis e inclusivas. Como Fundação, percebemos o aumento no número de empresas buscando informações, soluções e ideias para tornar o ambiente profissional mais inclusivo, seja por meio de uma adaptação no ambiente como um todo, na contratação de uma pessoa com deficiência ou para o treinamentoe funcionários Perceber que as empresas e o mercado estão se mobilizando para incorporarem a acessibilidade em sua essência e para criar ferramentas que auxiliem nessa inclusão nos mostra que estamos evoluindo nesse cenário”, comemora.

“Aliados aos recursos tradicionais de mobilidade utilizados por pessoas cegas ou com baixa visão, os aplicativos fornecem a liberdade e a confiança para que possamos nos locomover pela cidade e com conhecimento do que está ao nosso redor. Espero que cada vez mais pessoas com deficiência visual possam conquistar essa independência e que tenham a oportunidade de incorporar a tecnologia em suas vidas”, finaliza Andreia.

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