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  • sex. nov 22nd, 2024

Hub de negócios quer incluir pessoas com deficiências e suas famílias na sociedade

Hub de negócios quer incluir pessoas com deficiências e suas famílias na sociedade

Desde suporte financeiro e jurídico, sistemas de saúde, banco de dados empregatício, à mudança cultural e consultoria para empresas, IGUAL.DIGITAL pretende mudar forma como mercado se relaciona com PCDs

Segundo o último censo que incluiu questões acerca dos brasileiros com deficiência, realizado em 2010 com nota técnica adicional em 2018, já eram 12 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no país. Muito mais do que enxergar o desafio, o dado serviu de alicerce para a criação de um novo negócio. Uma oportunidade de incluir esse nicho de pessoas que possuem um potencial enorme de transformação na sociedade.

Foi com esse pensamento que nasceu o IGUAL.DIGITAL, um hub de negócios de impacto social, que une tecnologia e informação sobre o ecossistema de pessoas com deficiência e suas famílias. O objetivo é ofertar produtos e serviços que ampliem a inclusão destas pessoas na sociedade.

A partir da análise de dados sobre esse público no Brasil, o hub irá agrupar informações e segmentar dados para identificar as necessidades dos diversos grupos existentes no país. Assim, é possível ter o mapeamento da oferta de produtos e serviços específicos para cada nicho da diversidade, além dos subprodutos. Entre os benefícios do projeto estão: cartão fidelidade, suporte financeiro e jurídico, informação para entretenimento, seguros, sistemas de saúde, banco de dados para contratação de PCDs (pessoas com deficiência), e mudança cultural e consultoria para empresas.

Para Thaissa Alvarenga, CEO e fundadora do projeto, o foco é integralmente na inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. “Hoje em dia, mesmo com os materiais disponíveis, não há oferta específica financeira para o universo PCD. Da mesma forma que não há oferta no mercado de trabalho e no campo de formação. O potencial é enorme e a sociedade não está atenta a isso”, afirma Thaissa.

A intenção também é que o hub possa fazer um diálogo entre os três setores: governamentais, empresas privadas e associações sem fins lucrativos. “O plano é construir um universo de conteúdos, informações e iniciativas que possam, inclusive, influenciar a criação de novas políticas públicas, e na produção de conhecimento capazes de ativar a real inclusão dos PCDs”.

Como deve funcionar

O Hub de Informações parte de um mapeamento qualitativo e quantitativo para formação de uma base de dados. Um grande bigdata focado em necessidades dos PCDs trabalhado em cinco eixos: Educação, Saúde e Habitação, Mercado de trabalho (empregabilidade), Geração de renda e Envelhecimento. As saídas de negócios são orientadas para três áreas específicas: Arranjos Financeiros; Desenvolvimento de Mercado, Ecossistema de Informação e Formação. No entorno, seguem grandes players de mercado interessados em oferecer produtos e serviços, além de startups orientadas para o segmento PDC.

Dentro dessas temáticas, o IGUAL.DIGITAL pode ser chamado de “Nativo Digital do Propósito”, pois nasce com a finalidade de contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento Social (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas, promovendo a erradicação da pobreza (ODS1), saúde e bem estar da população (ODS3), educação de qualidade (ODS4), trabalho decente e crescimento econômico (ODS8), redução das desigualdades (ODS10), cidades e comunidades mais sustentáveis (ODS 11) e para que haja paz, justiça e instituições eficazes (ODS16).

Se uma empresa quer causar impacto e gerar valor real e inclusão, o IGUAL.DIGITAL permite ser o ponto de partida para a jornada do universo PCD. Por outro lado, as pessoas com deficiências terão no hub uma oportunidade de inserção em um ecossistema que, por muitas vezes, é negado a esse próprio público.


Ainda em rodada de apresentações, o negócio pretende captar investimentos para a construção imediata do portal de informações e serviços, e está em negociação com os players do mercado financeiro e de seguros. “A procura por parceiros é enorme, estamos sendo muito requisitados, porque sairemos com dados fundamentais para a criação de produtos focados em PCD”, complementa Thaissa.

Para a segunda fase do projeto, Thaissa já está otimista. “Estamos criando, juntamente com uma gestora muito engajada pela causa da diversidade, um fundo de investimento cuja taxa de administração será integralmente doada ao projeto”, finaliza.

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