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  • qui. set 19th, 2024

Mãe transforma solidão em comunidade de apoio à famílias de crianças com deficiência

Mãe transforma solidão em comunidade de apoio à famílias de crianças com deficiência

#PRATODOSVEREM: Foto colorida de uma criança. Menina de cabelos loiros, abaixo dos ombros, sorridente e com as mãos estendidas e abertas. Cada dedo está com uma cor diferenciada. FIM DA DESCRIÇÃO

Uma mãe do interior de Sergipe cuidava sozinha, há mais de uma década, de seu filho com deficiência quando decidiu, em 2015, buscar meios de informação e de compartilhamento de suas experiências em torno da maternidade. Seu nome é Márcia Freire, mãe do Rodrigo, diagnosticado com uma síndrome rara, conhecida como Rubinstein-Taybi (SRT), quando tinha um ano de idade. Rapidamente, o despretensioso grupo do Facebook começou a crescer e se tornou uma das maiores comunidades das redes sociais, hoje formada por quase 3,5 milhões de pessoas: o Crianças Especiais (www.criancasespeciais.com.br) que dá apoio a famílias de crianças e adolescentes com deficiência que interagem em diversas plataformas, como site, Facebook, Instagram e WhatsApp. 

“Fui surpreendida com tamanha adesão de pessoas de todo o Brasil que, assim como eu, também se sentiam muitas vezes sozinhas, e precisavam de informação e de orientação”, conta Márcia que, em seguida, passou a compartilhar a administração do grupo com a advogada Letícia Lefevre. Elas se conheceram por meio da comunidade e o sonho de auxiliar outras famílias crescia junto com a comunidade. “O propósito é gerar inclusão social e promover a defesa dos direitos da criança e do adolescente com deficiência por meio de compartilhamento de informações, capacitação e acolhimento”, comenta Letícia Lefevre.

Infelizmente, em dezembro de 2020, o Rodrigo faleceu, aos 17 anos, mas Márcia não desistiu de continuar colaborando com as famílias. “Meu filho tinha suas dificuldades trazidas pela síndrome, mas vivia bem até o início da pandemia, ele ia para a escola, eu o levava a parques e ele se divertia. Apesar da sua partida, eu senti que precisava continuar, pois assim como eu que moro no interior, em uma cidade que não tem sequer uma ONG para nos orientar, há outras tantas pessoas na mesma situação que seguem cuidando de seus filhos”, afirma Márcia, de 45 anos, e completa. “Às vezes olhamos tanto, mas tanto para as limitações que nossos filhos com deficiência possuem, que esquecemos o quanto eles têm para nos oferecer, nos ensinar”.

Ao longo dos anos, a comunidade atraiu novos integrantes de todos os estados do Brasil e também do exterior, principalmente em Portugal (87 mil), México (39 mil) e Argentina (36 mil). E este ano veio a boa notícia: o Crianças Especiais tinha sido selecionado para ser uma das 11 comunidades brasileiras escolhidas pelo Facebook para fazer parte de um programa global de aceleração, o Aceleradora de Comunidades 2021. A jornada de aceleração inclui mentoria, peer learning, conexão com o ecossistema e suporte financeiro. Como resultado da aceleração, em 2022 o Crianças Especiais lança o curso online “Tudo sobre os Direitos da Criança com Deficiência” https://hotmart.com/pt-br/marketplace/produtos/tudo-sobre-os-direitos-da-crianca-com-deficiencia/P66576510X

Sobre o Crianças Especiais

O Crianças Especiais (www.criancasespeciais.com.br) é uma comunidade de apoio para famílias de pessoas com deficiência. Hoje formada por 3,5 milhões de pessoas, ela tem o propósito de gerar inclusão social e promover a defesa dos direitos da criança e do adolescente com deficiência. O Crianças Especiais é uma das 11 comunidades brasileiras escolhidas pelo Facebook para fazer parte de um programa global de aceleração, o Aceleradora de Comunidades 2021, que recebeu 14 mil inscrições e selecionou 131 participantes.

Sobre Márcia Freire – Márcia tem 44 anos e é fundadora da Comunidade Crianças Especiais, projeto de apoio a famílias de crianças e adolescentes com deficiência, fundado por ela em 2015 e, atualmente, administrado também por Letícia Lefevre, advogada e cofundadora do projeto. Atualmente o grupo soma mais de 3,5 milhões de pessoas. Tendo estudado até a oitava série, ela já trabalhou com a entrega de quentinhas em um negócio da família em Sergipe e como feirante vendendo frutas. Seus sonhos são muitos a partir do olhar para o outro.

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