** Por Marta Gil
O Fórum Internacional de Educação dos Municípios do Alto Tietê abrange 12 Municípios localizados na Região Metropolitana de São Paulo e está se firmando como um espaço para a formação continuada de Equipes Educacionais, através de reflexões e debates entre especialistas nacionais, internacionais e as Secretarias de Educação.
Estes Municípios compõem a Câmara Técnica de Educação do consórcio CONDEMAT, que promove anualmente este Fórum, cujo rico conteúdo está disponível em https://forumeducacaoaltotiete.com.br
O Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada (IBSA) responde pela organização executiva do Fórum, com apoio da UNESCO, UNDIME-SP, Itaú Social, Instituto Rodrigo Mendes e Fundação Santillana.
A terceira edição está acontecendo entre 30 de agosto a 27 de setembro deste ano, com o tema “Educação Inclusiva e Equidade”, em transmissão aberta pelo YouTube e recursos de acessibilidade.
Vou destacar o registro de experiências de inclusão sobre as mais variadas situações: bate papos entre familiares e professores do Atendimento Educacional Especializado; acompanhamento de bebês com sinais de risco ou diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA); Seminário de combate ao preconceito e discriminação; Trabalho colaborativo entre professores do ensino comum e professores do AEE; Ensino do sistema Braille para alunos, familiares, professores, amigos e voluntários.
Dentre estas iniciativas destaco a de Guarulhos, que é a segunda cidade com maior população do Estado de São Paulo, o 12º município mais rico do Brasil e onde está o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
A atual gestão municipal está investindo significativamente na Educação Inclusiva e na Tecnologia: a Secretaria de Educação adquiriu o TIX Letramento Teclado Inteligente Multifuncional[1] para as salas de recursos multifuncionais dos 62 polos de Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Mais de 3.000 alunos com deficiências físicas, motoras ou cognitivas da rede municipal estão sendo atendidos com esta ferramenta de Tecnologia Assistiva, que permite construir caminhos para que a alfabetização e o letramento aconteçam de forma lúdica e interativa. Sua utilização possibilita que os alunos progridam e desenvolvam a criatividade, a comunicação e a autonomia.
O depoimento do vice-prefeito de Guarulhos destaca sua importância no processo de aprendizagem:
“Como educador, professor de língua portuguesa, aprendemos que o letramento nos permite ajudar a criança a compreender o mundo, o espaço, o lugar em que ela está inserida e hoje, com o avanço da tecnologia, esse equipamento vai melhorar ainda mais as aprendizagens e habilidades das crianças no AEE”.
A mãe de um aluno com paralisia cerebral confirma: “A professora envia os vídeos do Luiz usando o equipamento e interagindo muito bem nas atividades com as demais crianças na sala. Apesar da paralisia, ele entende e já consegue ler”.
Relatos como este de Guarulhos e dos demais Municípios do CONDEMAT mostram que a Educação Inclusiva é possível, já está acontecendo e trazendo condições de Equidade.
Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.
Paulo Freire
[1] https://tix.life/categoria_aplicacoes/educacao-inclusao-escolar
*OPINIÃO reflete a opinião expressa do autor
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Marta Gil, Coordenadora Executiva do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas (www.amankay.org.br); consultora de Inclusão de Pessoas com Deficiência, com ênfase em Educação e Trabalho; empreendedora social reconhecida pela Ashoka Empreendedores Sociais.
www.guiadoeducadorinclusivo.org.br
