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  • sex. abr 19th, 2024

Profissionais com deficiência representam apenas 1% da força de trabalho formal.

Profissionais com deficiência representam apenas 1% da força de trabalho formal.

Dados da última Relação Anual de Informações Sociais (Rais, 2020), demonstram que as pessoas com deficiência registradas em empregos formais no país representam apenas 1% do total de contratações em regime CLT. Entre 46.63 milhões de profissionais, apenas 486 mil contam com carteira assinada. 

Em paralelo, informações do Caged, obtidas em 2021, demonstram que o número de PcD e reabilitados desligados no país atualmente é maior do que o número de contratações. Portanto, o saldo é negativo para a maioria das atividades econômicas. 

O cenário tornou-se ainda mais complexo ao longo da pandemia de Covid-19, que congelou ofertas de vagas e aumentou o número de demissões. 

Se o profissional com deficiência enfrenta dificuldades em encontrar oportunidade de emprego, para as empresas, o obstáculo é promover ambientes inclusivos, igualitários e capazes de reter seus talentos. 

Um levantamento da consultoria de recursos humanos Talenses Group mostra que sete em dez empresas brasileiras possuem alguma política de contratação de profissionais PcD. No entanto, os colaboradores têm parcela mínima de participação em níveis hierárquicos altos. Não há equidade. 

De acordo com a pesquisa, realizada com 104 executivos de Recursos Humanos de grandes corporações, 69% das empresas entrevistadas buscam incluir PcD nos seus negócios, mas a participação dos profissionais é reduzida progressivamente em cargos de liderança. 84% afirmaram ter PcD em cargos de assistentes e 63% em cargos de analistas. Apenas 37% relataram ter pessoas com deficiência em coordenação (gerência média) e somente 5% dos entrevistados relataram ter diretores. A fatia de presidentes ou vice-presidentes PcD foi inferior a 1%.

Os números deixam claro um problema latente no mercado de trabalho: apesar de haver movimentação para incluir pessoas com deficiência nas empresas, elas não estão realmente comprometidas com a inclusão, a capacitação e a projeção de carreira a longo prazo dos profissionais. 

O levantamento revela que o principal motivo para o estabelecimento de programas de inclusão é a necessidade de seguir a Lei de Cotas, legislação federal de 1991, sobre o tema. 

A Lei 8.213/91 reserva diferentes porcentagens de vagas para PcD de acordo com o tamanho da empresa. As que têm entre 100 e 200 funcionários precisam cumprir uma cota de 2%. Entre 201 e 500, 3%. Entre 501 e 1000, 4%. E, acima de 1000, 5%. 

Segundo Guilherme Braga, CEO e fundador da Inclui PcD, maior feira de empregabilidade para pessoas com deficiência, muitas empresas ainda contratam pessoas com deficiência pela obrigatoriedade da lei e perdem a oportunidade de agregar valor ao time e também ao profissional pela sua capacidade. “As contratações tornam-se vazias quando não consideram as necessidades do colaborador e contemplam um plano de crescimento real. Assim, não haverá retenção e a equidade de oportunidades nunca será alcançada. Não basta somente empregar, é necessário promover a inclusão. E para chegar nesse nível é fundamental desenvolver a cultura organizacional apropriada”, explica. 

“Os processos seletivos devem ser acessíveis, recursos de acessibilidade são fundamentais e deve haver investimento em capacitação para o novo profissional, para o time e principalmente para as lideranças, que devem ser capazes de gerir times diversos e de compreender a fundo as necessidades de cada membro da equipe#”, complementa o especialista. 

Startups, como a Egalite, trabalham para alterar este cenário. Especializada na inclusão, conexão e capacitação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, a empresa oferece, anualmente, a Inclui PcD, maior feira gratuita e 100% on-line de empregabilidade para o público com deficiência do mundo. Este ano, a 3ª Edição acontece entre os dias 20 e 22 de setembro e a expectativa é reunir mais de 15 mil vagas.

“Ao ser o elo de conexão entre os profissionais com deficiência e as organizações, a Egalite, por meio da Inclui PcD, reforça o potencial e o protagonismo dessas pessoas e ajuda as organizações no que diz respeito a um trabalho efetivo e com propósito de inclusão, tão necessário atualmente”, conclui Guilherme Braga, CEO da Egalite. 

As empresas e candidatos interessados em participar da Inclui PcD podem se inscrever e cadastrar vagas gratuitamente no site (disponível no link). 

https://incluipcd.com.br/

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