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  • sex. set 20th, 2024

Vagas em SP para Projeto de iniciação esportiva para crianças com deficiência intelectual

Vagas em SP para Projeto de iniciação esportiva para crianças com deficiência intelectual

Quem vê hoje o pequeno Anthony Roberto Santos, de quase 5 anos, correndo, pulando, saltando por cima de cadeiras e fazendo outras artes típicas da idade, não imagina que o menino, há um ano, sequer conseguia subir escadas.  Nascido com síndrome de Down, o paulistano tinha habilidades motoras reduzidas, situação que mudou depois que ele entrou no Programa de Iniciação Esportiva do Instituto Serendipidade, iniciativa que conta com a parceria do Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar (Ciam). 

“Ele fazia fisioterapia, mas não gostava, queria ir embora. Como o projeto é voltado para o esporte e o movimento, tem muita brincadeira, ele adora. E as atividades fazem de fato muita diferença. O desenvolvimento dele mudou”, diz Marisa Roberto da Silva, mãe de Anthony.

Voltado para meninos e meninas com deficiência intelectual entre 3 e 8 anos, em situação de vulnerabilidade social, o projeto já fez a diferença não só na vida de Anthony, mas das quase 30 crianças atendidas no bairro Jaguaré, em São Paulo. A iniciativa inovadora é gratuita e está com inscrições abertas para novas turmas. 

O Instituto atende pequenos com síndrome de Down justamente a partir do momento em que eles costumam receber recebem alta da fisioterapia – ou seja, logo que aprendem a andar. Com a interrupção desta atividade, muitos perdem a chance de continuar o desenvolvimento motor – e esta queda na curva de aprendizado por falta de continuidade dos exercícios necessários para fortalecer a musculatura e combater a frouxidão ligamentar, (duas características comumente presentes em quem nasce com trissomia 21) é prejudicial às crianças.

“O projeto surgiu para suprir a lacuna existente entre o fim da fisioterapia e o início em atividades esportivas. Muitas crianças com síndrome de Down, por volta dos 8,9 anos, estão acima do peso, e o pediatra recomenda algum esporte. Os pais levam os filhos na escolinha de futebol do bairro e encontram 30, 40 crianças sem deficiência, correndo, driblando, fazendo gol. É difícil que uma criança com síndrome de Down que não tenha se exercitado e vivido em comunidade com outras crianças típicas consiga se adaptar e ser incluída. Pelo contrário, vai sofrer exclusão e até bullying. A ideia do programa é fazer com que não haja um hiato na parte motora, mas também aumentar o repertório comportamental, já que o esporte ensina a ganhar, perder, respeitar, viver coletivamente, ter disciplina e proporcionar novos amigos. Tudo isto ajuda na a inclusão acontecer desde cedo”, diz Henri Zylberstajn, fundador do Instituto Serendipidade.

As aulas do programa, que completa três anos, acontecem duas vezes por semana na quadra do Ciam, que seleciona as crianças com base em uma pré-avaliação da equipe de fisioterapia e assistência social. Segundo Roberto Levi, diretor do projeto, uma vez matriculados, os alunos passam a fazer uma espécie de circuito, com equipamentos especializados. A ideia é que as crianças passem por vários tipos de estímulo.

“A metodologia é totalmente inovadora, inclui atividades com equipamentos de ponta geralmente usados em ginástica artística e que estimulam o desenvolvimento neuromotor, intelectual e social das crianças. Recentemente, incluímos o uso de bicicletas neste modelo, por ela auxiliar no equilíbrio e estabilidade, ajudando também na autonomia. Acreditamos que  o esporte é uma excelente ferramenta de inclusão”, diz Roberto, lembrando que o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é celebrado em 21 de setembro.

Para o professor de Educação Física, Bruno Mendes Pinheiro, que tem pós-graduação em atividade física para pessoas com deficiência e dá aulas no projeto, um dos diferenciais do programa do Instituto Serendipidade é o nível de atenção individualizado dado a cada criança. 

“Temos um professor para cada dois alunos. Na escola pública, tenho na minha turma dois alunos com deficiência no meio de outros 28. Ou seja, são 30 crianças para um professor. Não tem como ser igual”. Outro ponto que chama a atenção é a qualidade do material esportivo, diz ele. “O nível é muito alto. O projeto oferece, por exemplo, esteira ergométrica e uma cama elástica de cinco metros de comprimento e dois de largura. Não existe nada parecido na rede municipal ou estadual no Brasil. 

Para fazer parte do Programa de Iniciação Esportiva é necessário passar pela avaliação psicossocial do Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar.

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones +55 11 99906-6817 ou Recepção,  11-3760-0068 

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