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OPESP, Orquestra Parassinfônica de São Paulo – a primeira do Brasil protagonizada por pessoas com deficiência

OPESP, Orquestra Parassinfônica de São Paulo - a primeira do Brasil protagonizada por pessoas com deficiência

O levantamento mais recente do IBGE, realizado em 2010, mostra que o Brasil possui mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, sendo que deste total, mais de 13 milhões são pessoas com deficiência física.

Se mesmo com políticas de cotas, as pessoas com deficiência ainda são subrepresentadas nas empresas, no universo da música o cenário é ainda mais desanimador.

Foi de olho nessa discrepância que Igor Cayres, mestre em atividades culturais e artísticas e produtor cultural, construiu o projeto da OPESP (Orquestra Parassinfônica de São Paulo) para criação, desenvolvimento e promoção da primeira orquestra do mundo protagonizada por integrantes com deficiência física.

Todo o processo, desde edital, pré-seleção, audições e aulas, aconteceu ao longo de 2022 e agora é celebrado com uma grande estreia na Sala São Paulo, no dia 03 de dezembro de 2022, mesmo dia em que é celebrado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência – proclamado em 1992 pela ONU para promover os direitos e o bem-estar das pessoas com deficiência em todas as esferas da sociedade e do desenvolvimento, e aumentar a consciência sobre a situação das pessoas com deficiência em todos os aspectos da vida política, social, econômica e cultural.

“Este dia é emblemático para o projeto porque, apesar de a OPESP já estar rodando desde fevereiro deste ano, é a primeira vez que o público vai poder ter contato com os primeiros frutos do trabalho duro que estes musicistas vêm fazendo”, explica Igor Cayres, idealizador e produtor da OPESP. “Pela primeira vez na vida estes 33 músicos, sendo 8 com deficiência, tiveram a oportunidade de vivenciar a rotina de uma orquestra sinfônica e agora de subirem ao palco da Sala São Paulo – o mesmo pelo qual gigantes da música mundial também já pisaram”, completa.

Humanização

A estudante de Licenciatura em Música Camila Moraes, de 22 anos, percorreu uma longa jornada no Rio Grande do Sul, desde os 10 anos de idade até compor o naipe de trompa da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Periodicamente viajando oito horas para ir e voltar de Santa Maria até Porto Alegre, para essa amante da música, percorrer longas distâncias está longe de ser um problema.

“Quando eu vi as inscrições abertas para a OPESP inicialmente eu titubeei, mas decidi me inscrever porque eu decidi que é isso que eu quero fazer para o resto da minha vida”, comenta Camila. “Só de estar em São Paulo, participar da audição, conhecer músicos incríveis já tinha valido a pena, mas ter sido selecionada é indescritível e maravilhoso. A expectativa está alta, sei que vai mudar a minha vida para melhor e, com toda a certeza, eu vou me dedicar muito e fazer valer a pena todo o meu esforço até aqui”, completa.

Corpo Técnico

Quem assume a regência da orquestra é o grande maestro Roberto Tibiriçá, titular da cadeira de nº 5 da Academia Brasileira de Música desde 26 de março de 2003 e Membro Honorário da Academia Nacional de Música, Rio de Janeiro desde 2018. “A emoção de participar de um projeto como este é incrível. Cria-se uma oportunidade única de vivenciar a experiência de compor uma orquestra que, pelas condições tradicionais, muito provavelmente não seria possível”, afirma o maestro. “Tecnicamente os alunos avançaram muito, estão absolutamente dedicados a entregarem o seu melhor. Essa apresentação será uma pequena mostra de peças musicais que anuncia um futuro muito promissor do projeto”, completa.

2 thoughts on “OPESP, Orquestra Parassinfônica de São Paulo – a primeira do Brasil protagonizada por pessoas com deficiência”
  1. Olá.
    Agradecemos ao Diário PCD, pela rica oportunidade de eu e minha família podermos participar do evento da OPESP.
    Foi sensacional.

    Que lugar incrível.
    Assistimos a apresentação da OPESP, foi um espetáculo.

    A Orquestra foi um espetáculo, a apresentação, a harmonia.

    Mas o discurso, a explicação dada por Igor Cayres, foi muito emocionante. Além da explicação da parte Técnica e estrutural da OPESP, o Sr. Igor, demonstrou o sentimento, o amor, a empatia, e o resultado da inclusão a Pcd.

    Foi muito emocionante, as lágrimas não se conteve no rosto do Sr. Igor, e nem na nossa.

    Muito emocionante 😍.

    Parabéns a todos que particip deste trabalho muito importante para a Cultura brasileira e mundial.

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