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  • qui. nov 21st, 2024

Pesquisa revela que maioria das pessoas com deficiência nunca foi promovida ou recebeu aumento salarial

Pesquisa revela que maioria das pessoas com deficiência nunca foi promovida ou recebeu aumento salarial

O mercado de trabalho ainda permanece com grandes dificuldades de ascensão para pessoas com deficiência. É o que revela a pesquisa inédita  “Pessoas com deficiência e empregabilidade”, organizada pela Agência Noz Inteligência e patrocinada pela Hand Talk, startup  que tem como missão  quebrar as barreiras da comunicação para pessoas surdas e com deficiência auditiva por meio da tecnologia

Apesar da Lei de Cotas promover a inclusão de pessoas com deficiência em empresas,  o que foi destacado pela pesquisa é a dificuldade dessas pessoas subirem na carreira. Dos  3.730 entrevistados, 36% estão empregados como auxiliares, aprendizes ou estagiários, enquanto 0% está na liderança. 

Ainda há 60% dos empregados que afirmam que nunca foram promovidos e sequer  receberam aumento de salário como reconhecimento pelo seu desempenho. A falta de plano de carreira vai em contramão ao nível de escolaridade: 51% das pessoas com deficiência entrevistadas têm o ensino superior completo ou além (pós-graduação lato sensu e mestrado ou doutorado). 

Para Ronaldo Tenório, CEO da Hand Talk, a pesquisa confirma o cenário encontrado na realidade do mercado de trabalho brasileiro. 

“Com esse levantamento inédito, conseguimos confirmar o que já observamos há muito tempo: a falta de oportunidades para pessoas com deficiência. Além da oportunidade de contratação, também temos que proporcionar um ecossistema que faça esse trabalhador crescer dentro da carreira, através de ações afirmativas e de inclusão. Precisamos quebrar essas barreiras”, afirma.

A pesquisa também revela que:

  • 30% das pessoas são responsáveis por 100% da renda familiar. Excluindo quem mora sozinho, esse percentual é de 23%;
  • Das pessoas que nunca atuaram no mercado de trabalho, 61% dizem que foi por falta de vagas e oportunidades, e 38% por preconceito contra profissionais com deficiência;
  • 42% das pessoas com deficiência auditiva consideram difícil ou muito difícil a falta de acessibilidade comunicacional (intérprete de Libras, recursos que facilitem a comunicação, acessibilidade web, entre outros) na rotina profissional e na busca de vagas de emprego;
  • 71% dos respondentes da pesquisa acreditam que a sociedade brasileira é muito capacitista.

Sobre a Hand Talk

Fundada em 2012, a startup brasileira Hand Talk foca em fazer bom uso da tecnologia trazendo mais acessibilidade para o mundo. A empresa oferece dois produtos diferentes, o Hand Talk App, que realiza traduções digitais e automáticas para Libras e ASL (Língua Americana de Sinais), e o Hand Talk Plugin, que torna sites acessíveis para a comunidade surda com traduções para Libras. Ambas as soluções contam com a ajuda de seus tradutores virtuais, o Hugo e a Maya. Esses dois vão além de apenas traduzir conteúdo, mas também estão aproximando pessoas através do uso da tecnologia e comunicação, aplicada em diversos ambientes, como salas de aula e famílias. Com sua ajuda, a Hand Talk busca quebrar barreiras de comunicação, contribuindo para um mundo mais justo e inclusivo.

Mais informações sobre a Hand Talk https://www.handtalk.me/br/ 

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