Às vésperas do mês da Síndrome de Down, celebrado em março no mundo todo, dois livros infantis, escritos por autores com deficiência intelectual, foram lançados pelo Instituto Serendipidade, Leiturinha e Instituto Simbora Gente. Voltado para o público de 4 a 6 anos, “Vamos Montar uma Banda” conta como animais de diferentes espécies se reuniram para alegrar o mundo com seus instrumentos. Já “Simbora, tá na hora!”, indicado para crianças maiores, de 6 a 8, diverte toda esta faixa etária com uma história envolvendo uma turma que ficou trancada fora de casa e tenta resolver o problema.
Para chegarem às duas histórias, os 11 autores participaram de oficinas de escrita criativa com o jornalista e escritor Marcelo Jucá, com foco no conto cumulativo. As ideias fluíram com naturalidade, já que a turma já estava entrosada: todos são autodefensores do Instituto Simbora Gente, ativistas com deficiência intelectual que estudam e praticam seus direitos e deveres como cidadãos.
“Nos reunimos e fomos anotando várias ideias que surgiram durante o processo criativo do grupo. Adoramos todas e foi difícil escolher”, diz Ariel Goldenberg, um dos escritores, que dá mais detalhes sobre uma das histórias. “Ficamos presos do lado de fora do instituto, a chave emperrou na fechadura. E acabamos partindo deste fato real para escrever um dos livros, nos inspiramos no dia a dia”.
Milhares de exemplares das duas obras já foram enviados aos assinantes do clube Leiturinha e agora o público geral pode adquirir os livros no site, por R$ 49,90 cada exemplar. (https://loja.leiturinha.com.br/produto/livro-simbora-ta-na-hora-original-leiturinha/ e
Alunos de escolas públicas de São Paulo e do Rio de Janeiro terão acesso gratuito a “Simbora, tá na hora!”, ilustrado por Cris Eich, ea “Vamos Montar uma Banda”, com desenhos de Guilherme Lira. O Instituto Serendipidade vai distribuir gratuitamente os dois livros a cerca de 6.500 colégios dos dois estados, numa iniciativa que, segundo Henri Zylberstajn, fundador do Serendipidade, “é fundamental para mostrar à sociedade que todas as pessoas, independente de suas características, são capazes de fazer o que querem – basta que tenham oportunidades”.
Os dois livros fazem parte do projeto da Leiturinha de trazer diversidade e inclusão social para seus conteúdos.
Sobre a Leiturinha
A Leiturinha é o maior clube de assinatura de livros infantis do Brasil. Criada em 2014, ela promove o hábito da leitura compartilhada para 170 mil famílias, em mais de 5.100 cidades brasileiras. A atuação da Leiturinha se baseia no incentivo à leitura e na excelência da curadoria dos livros, para proporcionar experiências de aprendizado e diversão em família. Em seu catálogo de publicações originais, os Originais Leiturinha, o clube busca valorizar a literatura nacional e a diversidade nas obras.
Sobre o Instituto Serendipidade
O Instituto Serendipidade atua em todo o Brasil a partir de programas próprios que atendem diretamente famílias de pessoas com deficiência intelectual e através da geração de valor, multiplicando impacto social para mais de 1 milhão de pessoas por meio de apoio operacional, estratégico e financeiro.Ele foi criado em 2018, quando Marina e Henri Zylberstajn foram pegos de surpresa com o diagnóstico de síndrome de Down, não diagnosticada durante a gestação, do filho caçula Pedro, o Pepo. Hoje, os programas próprios da organização são: Projeto Laços, Programa de Iniciação Esportiva e Programa de Envelhecimento Saudável. O instituto também é co-fundador da Escola de Impacto (em parceria com a ONG Turma do Jiló).
Sobre o Instituto Simbora Gente
O Instituto Simbora Gente tem como objetivo favorecer o desenvolvimento de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, reduzindo a invisibilidade social da Pessoa com Deficiência através da fomentação de convívio inclusivo para que a causa fique cada vez mais conhecida e para que as pessoas passem a encarar as necessidades específicas de cada um de uma forma mais natural do que se é vista hoje. O Instituto Simbora Gente realiza o atendimento de cerca de 100 famílias e promove atendimentos psicológicos, sociais, terapêuticos, atividades culturais e de lazer, cidadania, empregabilidade, acolhimento e orientação, entre outros. Também realiza palestras, simpósios, oficinas e diversas outras ações externas ressaltando a importância de vivências inclusivas.