Em comemoração ao Dia Nacional e Internacional da Síndrome de Down, lembrado em 21 de março, o CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” destaca a importância de celebrar a vida daqueles que convivem com a condição e disseminar informações para promover a sua inclusão na sociedade.
A SD é uma condição genética causada por uma divisão celular atípica durante a fase embrionária da pessoa, ainda no útero materno.
Conforme Suzi Simões, gerente do CER (Centro Especializado de Reabilitação) IV M’Boi Mirim, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, tipicamente, o ser humano possui 46 cromossomos agrupados em 23 pares, que são responsáveis por abrigar todo o nosso código genético.
“As pessoas com SD, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três. Por isso, ela é conhecida também como a trissomia do cromossomo 21. Sendo assim, eles apresentam 47 cromossomos em suas células e não 46”, explica.
“Apesar da origem da síndrome ser desconhecida, ela é a alteração cromossômica mais comum em humanos e a principal causa de deficiência intelectual na população. No Brasil, nasce uma criança com SD a cada 600 a 800 nascimentos, independentemente de etnia, gênero ou classe social”, complementa.
A especialista pontua que o diagnóstico da Síndrome de Down pode ser feito ainda na gestação, por meio de exames específicos, como o US morfológico fetal, confirmados com exame de amniocentese (coleta de líquido amniótico). “Após o nascimento, o diagnóstico é confirmado através de cariótipo, o qual verifica justamente a posição dos cromossomos como forma de saber se a trissomia do par 21 está presente”, esclarece.
Emerson Brito, enfermeiro na unidade, por sua vez, reitera que, por ser resultado de uma alteração genética, não existe nenhum tratamento específico ou medicamentoso para a Síndrome de Down. “É importante uma intervenção de uma equipe multi e transdisciplinar, composta por fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição e psicologia”, destaca.
Segundo o profissional, a pessoa com SD deve ser estimulada desde cedo, como forma de ter seu desenvolvimento fomentado e para que seja capaz de vencer as limitações que essa condição lhe impõe.
“O fundamental é que seja traçado um plano terapêutico individualizado para proporcionar o desenvolvimento e potencializar as habilidades que irão ajudar a criança a se integrar socialmente, se relacionar com o próximo, desenvolver sua própria autoestima e criar um futuro com maior independência e autonomia”, ressalta.
Já Silvia Rozzati, terapeuta ocupacional do CER, afirma que o preconceito e a discriminação são os piores inimigos das pessoas com SD. “O fato de apresentarem características físicas peculiares e algum comprometimento intelectual não significa que tenham menos direitos e necessidades”, enfatiza.
Hoje, o CEJAM atua em vários municípios do Brasil com olhar para a diversidade e foco no atendimento humanizado, com vistas à inclusão.
Sobre o CEJAM
O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.
Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.
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