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Dia Mundial da Síndrome de Down: menina de dez anos tem rotina ativa mesmo com uso de prótese após amputação

Dia Mundial da Síndrome de Down: menina de dez anos tem rotina ativa mesmo com uso de prótese após amputação

Aos nove meses de vida, a pequena Valentina Esposito Falanga, de São Caetano do Sul (SP), passou por um momento delicado. A menina, que nasceu com Síndrome de Down, teve uma meningite meningocócica, o que ocasionou uma parada cardíaca de 21 minutos que comprometeu a circulação sanguínea de seus membros. Com procedimentos cirúrgicos, a equipe médica responsável pelo tratamento reverteu o quadro parcialmente, mas houve necessidade de amputação da perna direita e a menina passou a usar prótese. Neste 21 de março, quando é celebrado o Dia Mundial da Síndrome de Down, os pais da garota, que atualmente está com 10 anos, mostram o quanto o equipamento é importante na rotina ativa da criança, que desenvolve várias atividades em meio a acompanhamentos clínicos e técnicos.

“A prótese é fundamental na rotina da Valentina. O maior benefício é ter uma vida: ela anda. Sem a prótese ela teria que ficar no chão ou no colo. Quando ela está com a prótese, fica mais ativa, eufórica, tem a sensação de liberdade. É o que percebemos.”, diz Mônica Anna Esposito, mãe da menina.

A Síndrome de Down é uma condição biológica relacionada a uma falha no desenvolvimento do cromossomo 21 do ser humano. Pessoas com essa característica, em vez de ter um par cromossômico, apresentam uma trissomia (ou seja, três exemplares). Entre os anos de 2020 e 2021, segundo o governo federal, foram 4,16 crianças com a anomalia para cada 10 mil nascidos vivos. As regiões Sul e Sudeste são as que apresentam os maiores números de bebês que nascem com esta condição.

Segundo Mônica, o dia a dia de Valentina é intenso para fazer os acompanhamentos especializados. Devido à síndrome, a menina ainda apresenta dificuldades para formular frases, por exemplo. Essa é uma das questões que torna necessário o acompanhamento de profissionais em diferentes áreas no cotidiano de Valentina. “Todos os dias ela faz fonoaudiologia, psicopedagogia, terapia ocupacional e aulas particulares, além de natação”, comenta. Os pais também querem encaixar nesta agenda as fisioterapias para melhorar o desenvolvimento da filha.

Próteses são fundamentais

Valentina, que passou por uma amputação transtibial (ou seja, a retirada de ossos como a tíbia e a fíbula, que fazem parte da canela) usa prótese desde os dois anos de vida. A pequena usa equipamentos desenvolvidos pela Ottobock, uma empresa alemã, com atuação no Brasil, que desenvolve tecnologias para pessoas com mobilidade reduzida, entre elas próteses, órteses e cadeiras de rodas. A paciente recebe assistência especializada da clínica para adaptação e suporte no uso do equipamento por uma clínica da empresa, que opera na cidade de São Paulo.

Por ter Síndrome de Down, a menina possui uma peculiaridade em relação ao uso do equipamento: o corpo de pessoas com essa condição de vida é caracterizado pela hipotonia muscular, que significa que ocorre uma diminuição do tônus da musculatura. Desta forma, a pessoa tem menor resistência dos movimentos, o que causa dificuldades ao andar. No caso de Valentina, com a necessidade de uso da prótese, o acompanhamento para evitar dificuldades e aperfeiçoar a caminhada é fundamental.

“A característica da Valentina faz com que ela não tenha segurança para caminhar. Ainda assim, a prótese é extremamente fundamental para ela se locomover. Sabemos que ela terá que usar pela vida toda e estamos cada vez mais aperfeiçoando essa questão junto com os especialistas da área e técnicos que fazem o acompanhamento dela”, afirma Américo Falanga Netto, que é pai de Valentina.

Uma criança ativa

Mesmo com as limitações, Valentina não diminui o ritmo de criança interessada em brincar, conhecer e se distrair. Por isso, ela faz de tudo um pouco. Além das atividades para melhorar sua mobilidade e seu desenvolvimento, a garota, segundo o pai, tem uma energia que não acaba tão fácil. “Todas as manhãs ela faz as terapias, e quando termina vai direto para escola e almoça por lá também. A Valentina é o centro das atenções da escola e por onde passa, pelo carisma que ela tem. Ela é muito feliz”, diz.

Fora da escola, a garota mantém com suas amigas o contato necessário para se divertir, além de diversificar bastante suas atividades. “Ela ama brincar com as amiguinhas. Depois que vai a escola, ela curte brincar em um parque com monitores, dentro de um shopping em São Caetano. Está lá quase todos os dias. Nos finais de semana, a Valentina costuma ir para o Guarujá. Ela ama praia e piscina e adora ir para um resort”, complementa Mônica.

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