Dos 15,2 mil pacientes amputados reabilitados nos serviços da Rede de Reabilitação Lucy Montoro localizados na Baixada Santista e no interior do Estado de São Paulo, 2,5 mil foram em decorrência de acidentes de trânsito. Criada em 2008 pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com a Secretaria da Saúde, a Rede conta com 20 unidades em todo o Estado. Destas, nas regiões citadas, 12 são referência no atendimento a pacientes amputados.
“Estamos no maio amarelo, mês de Conscientização e Prevenção de Acidentes de Trânsito, e é importante destacarmos a importância que a população deve ter no trânsito para evitar tragédias que podem levar a uma amputação”, reforça o secretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa. “A Rede Lucy Montoro é especializada em reabilitação com uma abordagem interdisciplinar que envolve diretamente profissionais e familiares nos processos de cuidado, ajudando o paciente amputado na moldagem da mentalidade em relação à sua nova realidade e ensinando-o a lidar com os novos desafios”, destaca.
Foram atendidos 986 pacientes com membros amputados em/ou após acidentes de trânsito em Marília, 796 em São José do Rio Preto, 268 em Ribeirão Preto, 82 em Campinas, 73 em Santos, 154 em São José dos Campos, 46 em Sorocaba, 52 em Mogi Mirim, 23 em Botucatu, 15 em Fernandópolis, 46 em Pariquera-Açu e 16 em Diadema.
Dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran) apontam que, no primeiro trimestre de 2023, aconteceram 42.131 acidentes de trânsito no Estado de São Paulo – um aumento de 7,3% em relação ao primeiro trimestre de 2022 (39.254) e de 4,6% em 2021 (40.253).
Atendimento na Rede Lucy
Série histórica obtida pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência mostra que 15.208 pacientes amputados já foram reabilitados nos serviços de referência da Rede localizados na Baixada Santista e no interior de São Paulo. Destes, foram 7.710 em Marília, 2.236 em Ribeirão Preto, 1.967 em São José do Rio Preto, 340 em Campinas, 464 em Santos, 898 em São José dos Campos, 273 em Sorocaba, 616 em Mogi Mirim, 162 em Botucatu, 227 em Fernandópolis, 220 em Pariquera-Açu e 95 em Diadema. Além dos acidentes de trânsito, principais causas de amputação também se concentram em diabetes e vasculopatias.
O processo de primeira consulta/triagem nos serviços da Rede ocorre a partir do cadastro do formulário de encaminhamento no portal SIRESP (Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo) para a regulação e agendamento da vaga via CROSS (Central de Regulação de Oferta e Serviços de Saúde).
O paciente é encaminhado à unidade mais próxima de sua residência que atenda o seu diagnóstico, sendo inicialmente avaliado por um médico, psicólogo e assistente social. Se necessário, é conduzido para o programa de reabilitação de acordo com sua condição com uma equipe multiprofissional, composta por médico, enfermeiro, assistente social, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista e educador físico, conforme a sua necessidade. A reabilitação pode durar até 6 meses.
Mais informações no site www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br.