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  • sex. nov 22nd, 2024

Reabilitação de pacientes em clínicas de transição de cuidados fortalece o corpo e traz resultados significativos para a recuperação

Reabilitação de pacientes em clínicas de transição de cuidados fortalece o corpo e traz resultados significativos para a recuperação

O processo de reabilitação de pacientes em clínicas de transição de cuidados geralmente acontece em função de um pós-operatório ou para auxiliar na recuperação após uma grave lesão ou um AVC, por exemplo. Essa ação está centrada no fortalecimento do corpo, visando a melhoria da flexibilidade e a possível recuperação, de acordo com seu quadro clínico.

Na YUNA, clínica de transição de cuidados, o trabalho de reabilitação é desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, com profissionais de educação física, fisioterapeutas, psicólogos e fonoaudiólogos que atuam na aplicação de Terapias Ocupacionais e exercícios de fortalecimento essenciais para trabalhar as áreas físicas e neurológicas do paciente.

“A reabilitação envolve quatro áreas de atuação: treinamento para garantir a independência, promoção do enfrentamento psicossocial e adaptação do paciente e da família, prevenção da deficiência secundária por meio da reintegração na comunidade com a retomada das atividades diárias e a melhoria da qualidade de vida tendo em vista a sua incapacidade residual”, esclarece Cássio Couto Moraes, Coordenador da Equipe Multiprofissional da YUNA.
 

Recentemente, Celídio Junior, paciente da YUNA em função de um AVCI, passou por um processo de reabilitação com significativos resultados. De acordo com Moraes, durante o período da internação, o paciente apresentou uma boa evolução no seu quadro geral, com ganho de força muscular, conseguindo manter suas articulações flexíveis de forma gradual e constante.

O atendimento transdisciplinar realizado pela equipe e o comprometimento do próprio paciente colaborou para atingir ganhos importantes, como o desempenho nos treinos de transferências, onde o Celídio conseguiu ajudar com seu deslocamento de uma superfície para outra, suportando parte de seu peso em pelo menos uma das pernas, além do avanço nos treinos, mantendo o corpo em equilíbrio (na posição estática ou dinâmica) para uma marcha independente.

Com melhora da mobilidade, Celídio foi assumindo maior participação e independência para as ABVDs (atividades básicas de vida diária) com segurança. O paciente apresentava quadro de heminegligência esquerda leve, além de déficit de atenção e no controle inibitório, que foram se adequando durante a internação, mas que ainda podem ter impacto funcional na rotina instrumental. Junior, como prefere ser chamado, foi orientado quanto aos cuidados do aspecto cognitivos e visuoespaciais.

Junior atualmente apresenta-se independente para ABVDs e com mobilidade na marcha domiciliar realizada sem meios auxiliares. Para caminhar por superfícies irregulares ainda é recomendável o uso de bengala, visando maior segurança.

“O trabalho multiprofissional fez toda a diferença nas terapias, e os exercícios de dupla tarefa foram essenciais para trabalhar o neurológico, sem deixar de lado a questão física”, completa o coordenador da equipe.

Segundo o especialista, o vínculo criado com o paciente logo na sua chegada foi o grande diferencial nos resultados. “O cognitivo preservado trouxe uma excelente vontade de recuperar ao máximo suas capacidades físicas, mesmo sabendo que seria um novo normal”, esclarece.

Todo tratamento foi pensado e discutido com o paciente e a família, com o plano terapêutico sempre disponível e de fácil entendimento. Ao final de sua internação foram realizadas tarefas mais próximas do seu dia a dia, como ir andando até o mercado para as compras e depois o retorno à clínica para fazer sua refeição com os ingredientes adquiridos no mercado. “Foi uma atividade, compartilhada mais uma vez com os profissionais, que fez total diferença para sua volta ao lar. Junior é jovem e de fácil contato. Criamos um vínculo bacana e cheio de trocas de brincadeiras, o que chamo de trocas de afetos”, finaliza.

“Cheguei em uma maca e, hoje, estou andando. Vivendo um momento espetacular! Disseram, inclusive, que eu sairia caminhando pela porta da frente. Até sonhei que poderia ser de bicicleta. Agora, com tudo que tenho passado, entendo já ser possível, ao menos, com dois tênis. Estou satisfeito em poder andar e chutar no ar. No dia 7 de junho, aniversário da minha esposa, quero dar um beijo nela em pé. Adoro as visitas aos finais de semana no Solarium. É um diferencial que mostra a inclusão que a YUNA tem. Minha maior dificuldade atual é com o braço esquerdo, mas entendo que essa fase não é o fim, ela é transitória. Destaco o amor que os colaboradores têm ao cuidar de mim, com muita dedicação. Meu emocional estava abalado, mas a equipe da YUNA me ajudou muito nessa superação. A passagem pelo hospital foi bem complicada, mas a estrutura e os profissionais daqui fizeram toda a diferença. Sou muito grato pela empatia e fé que encontro aqui. O lugar é muito confortável, mas bate a saudade de casa. Só há coisas positivas a pontuar. Sobre a vinda, queria ir para casa estando bem e não dependente da família. Estou feliz por estar andando e me sentindo bem melhor hoje. Sobre a transição de cuidados, tudo é questão de tempo”, afirma o paciente Celídio Júnior .


 

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