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  • sex. nov 22nd, 2024

Férias escolares: a mudança de rotina pode ser difícil para crianças com TEA

Férias escolares: a mudança de rotina pode ser difícil para crianças com TEA

As férias escolares podem ser uma grande mudança na rotina de crianças com deficiências. E o trabalho feito com as crianças, que no dia dia é dividido com a escola, pode sobrecarregar os pais e responsáveis dentro de casa.

Por isso, a professora Keyla Ferrari alerta para a importância da conexão entre pais e filhos, principalmente no período de recesso e cita que “as atividades escolares são muito importantes para as crianças, no sentido de interação e de inclusão. Contudo, também o descanso e o convívio familiar se fazem necessários”.

A alteração no cronograma durante o período de recesso das aulas pode ser muito cansativo para os responsáveis, mas é desgastante, principalmente, para as crianças. Keyla cita que, “a mudança de rotina com as férias dificulta bastante o dia a dia das crianças com deficiência, principalmente aquelas que têm o Transtorno do Espectro Autista. Por que elas precisam muito da rotina, e parar de ir às aulas desorganiza bastante a rotina diária dessas crianças”.

Então, além da reorganização da rotina, a professora dá algumas dicas para os pais que desejam ter um período de mais lazer e tranquilidade com seus filhos. “Dicas que eu deixo para que as férias sejam tranquilas e prazerosas é que os pais busquem brincar, fazer uma receita de bolo com a criança. Fazer interações corporais com música, dança, atividades adaptadas e passear. Procurar lugares que tenham bastante natureza, locais não muito barulhentos, principalmente para crianças com o TEA, evitar lugares muito agitados”.

Keyla Ferrari também é autora do livro “Dance com ele”, que contém práticas e interações corporais entre mães e filhos com deficiências. Então, comenta que para a conexão entre os pais e filhos, principalmente durante esse período de férias, a dança tem um papel fundamental. “Dançar é expressar, é a conexão. Então quando você dança com seu filho além de você trazer alegria, prazer e serotonina, você está estabelecendo vínculos”. A professora ainda afirma que: “As músicas escolhidas formam memórias afetivas, e quando você trabalha o corpo você aceita o seu corpo e o corpo do seu filho”. 

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