A Horizon Therapeutics anuncia que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o TEPEZZA® (teprotumumabe) como tratamento da DOT, doença ocular da tireoide ativa (também conhecida como orbitopatia de Graves e oculopatia de Graves) – condição autoimune crônica e progressiva com sinais e sintomas heterogêneos que podem ameaçar a visão. A enfermidade está associada à proptose (olho esbugalhado), diplopia (visão dupla), dor e inflamação atrás dos olhos[1].
“Estamos vivendo um marco. As pessoas com DOT aqui no Brasil tinham uma necessidade médica não atendida e agora, com a aprovação regulatória, poderão contar com um cuidado adequado – um tratamento que atua na fisiopatologia da doença em si e muda o curso natural da doença. Continuamos comprometidos e empenhados para que a comunidade de DOT tenha acesso ao tratamento farmacológico o mais breve possível”, explica Fábio Ivankovich, vice-presidente de operações internacionais e gerente-geral da Horizon para o Brasil, a região da América Latina e Canadá.
O TEPEZZA, indicado para o tratamento de adultos com DOT ativa, teve sua aprovação baseada em um conjunto robusto de estudos e evidências clínicas, incluindo resultados positivos estatisticamente significativos do estudo clínico de Fase 3, o qual constatou que pacientes tratados com o medicamento (83%) tiveram uma melhora expressiva na proptose (≥ 2 mm) na semana 24, quando comparados com aqueles tratados com placebo (p˂0,001). Chamado OPTIC, o estudo também demonstrou a alteração da linha de base de pelo menos um grau de diplopia (visão dupla) em 68% dos pacientes que receberam TEPEZZA. A maioria dos eventos adversos ocorridos com esse tratamento foram classificados como leves a moderados e foram manejáveis nos estudos, com poucas descontinuações ou interrupções da terapia.
A DOT é uma doença extremamente heterogênea, ou seja, os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e evoluir de maneira leve, moderada ou severa.
“Nos estágios iniciais da doença, os sintomas inflamatórios predominam e, eventualmente, podem aparecer e piorar rapidamente. Assim, para evitar o diagnóstico equivocado, como inflamação, alergia e outras doenças da órbita, além de arriscar comprometer a visão do paciente, é fundamental o acompanhamento cuidadoso por um médico especialista e equipe multidisciplinar”, comenta a médica oftalmologista, especialista em cirurgia plástica ocular e Professora de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Dra. Suzana Matayoshi.
“Também vale comentar que a doença ocular da tireoide é muitas vezes negligenciada e tem um impacto social relevante e está associada a efeitos psicológicos e emocionais significativos, que comprometem, consideravelmente, o bem-estar de quem convive com ela”, pondera o médico endocrinologista Chefe do Laboratório de Estudo da Tireoide e Professor da Universidade Federal da Bahia, Dr. Helton Estrela Ramos.
Estima-se que a DOT afete 16 a cada 100 mil mulheres na população mundial e 2,9 a cada 100 mil homens. Embora seja mais frequente em mulheres, a forma mais grave da doença é mais comum em homens e em pessoas tabagistas[2]. Assim como para todas as doenças raras, o diagnóstico precoce é fundamental para um cuidado adequado. Ele deve ser clínico, ou seja, feito por meio de um exame detalhado com médico endocrinologista ou oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular. É possível complementar a investigação com a realização de exames de sangue para avaliar a função tireoidiana e de imagem[3].
O TEPEZZA foi aprovado pela Food and Drug Administration dos EUA (FDA) em janeiro de 2020 para o tratamento de DOT.
Sobre a doença ocular da tireoide (DOT)
A DOT é uma doença autoimune rara grave, progressiva, debilitante e potencialmente ameaçadora da visão. A condição ocorre frequentemente em pessoas que vivem com a doença de Graves, mas é uma enfermidade distinta que é causada por autoanticorpos que ativam um complexo de sinalização mediado por IGF-1R em células dentro do espaço retro-orbital[4],[5]. Isso leva a uma cascata de efeitos negativos, que podem causar danos irreversíveis a longo prazo, incluindo cegueira[6],[7]. Os primeiros sinais e sintomas da DOT podem incluir olhos secos e sensação de areia; vermelhidão, inchaço e lacrimejamento excessivo; retração palpebral; proptose, pressão e/ou dor atrás dos olhos; e diplopia. Caso não tratada de maneira adequada, a DOT pode levar a consequências permanentes e que comprometem a visão.
Sobre o TEPEZZA® (teprotumumabe)
O TEPEZZA é um anticorpo monoclonal inibidor do receptor do fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF-1R).
O TEPEZZA é administrado aos pacientes uma vez a cada três semanas para um total de oito infusões.
Indicação
O TEPEZZA é um inibidor do receptor do fator de crescimento 1 semelhante à insulina, indicado para o tratamento da doença ocular da tireoide ativa (também conhecida como orbitopatia de Graves e oculopatia de Graves).
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE SEGURANÇA
TEPEZZA é contraindicado em pacientes com:
• Hipersensibilidade ao princípio ativo – teprotumumabe ou a qualquer um dos excipientes da formulação.
Categoria de risco na gravidez X: este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
AVISOS E PRECAUÇÕES
Reações relacionadas à infusão e hipersensibilidade: TEPEZZA pode causar reações relacionadas à infusão. Reações relacionadas à infusão foram relatadas em aproximadamente 4% dos pacientes tratados com TEPEZZA. Os sinais e sintomas de reações relacionadas à infusão incluem aumentos transitórios da pressão arterial, sensação de calor, taquicardia, dispneia, dor de cabeça e dor muscular. As reações relacionadas à infusão podem ocorrer durante qualquer uma das infusões ou dentro de 1,5 hora após uma infusão. As reações relacionadas à infusão relatadas são geralmente leves ou moderadas em gravidade e geralmente podem ser tratadas com sucesso com corticosteroides e anti-histamínicos.
Em pacientes que apresentarem reação relacionada à infusão, deve-se considerar a pré-medicação com um anti-histamínico, antipirético, corticosteroide e/ou a administração de todas as infusões subsequentes a uma taxa de infusão mais lenta.
Exacerbação da doença intestinal inflamatória preexistente: TEPEZZA pode causar uma exacerbação da doença intestinal inflamatória (DII) preexistente. Deve-se monitorar pacientes com DII quanto à exacerbação da doença. Se houver suspeita de exacerbação de DII, considerar a interrupção do tratamento com TEPEZZA.
Reações adversas: As reações adversas mais comuns (pelo menos 10% dos pacientes tratados com UPLIZNA e mais que placebo) foram infecção do trato urinário e artralgia.
Hiperglicemia: Podem ocorrer hiperglicemia ou aumento de glicemia em pacientes tratados com TEPEZZA. Em estudos clínicos, 10% dos pacientes (dois terços dos quais apresentavam diabetes preexistente ou tolerância à glicose diminuída) apresentaram hiperglicemia. Os eventos hiperglicêmicos devem ser controlados com medicações para controle glicêmico, se necessário.
Deve-se monitorar os pacientes quanto à glicemia elevada e sintomas de hiperglicemia durante o tratamento com TEPEZZA. Pacientes com diabetes preexistente devem estar sob controle glicêmico adequado antes de receber TEPEZZA.
Fertilidade, gravidez e lactação:
Gravidez: Com base em achados em animais e no mecanismo de ação de inibição do receptor do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1R), TEPEZZA pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas. Não foram realizados estudos adequados e bem controlados com TEPEZZA em mulheres grávidas. Não há dados suficientes sobre o uso de TEPEZZA em mulheres grávidas para informar quaisquer riscos associados ao medicamento de resultados de desenvolvimentos adversos. A exposição in utero a teprotumumabe em macacos cynomolgus tratados uma vez por semana com teprotumumabe durante a gestação resultou em anormalidades externas e esqueléticas. A exposição a teprotumumabe pode levar a um aumento na perda fetal. Portanto, TEPEZZA não deve ser usado na gravidez e formas apropriadas de contracepção devem ser implementadas antes do início, durante o tratamento e por 6 meses após a última dose de TEPEZZA.
Se a paciente engravidar durante o tratamento, TEPEZZA deve ser interrompido e a paciente avisada sobre o risco potencial para o feto.
A taxa antecedente de defeitos congênitos importantes e aborto é desconhecida para a população indicada. Na população geral dos EUA, os riscos antecedentes estimados de defeitos congênitos de grande porte e aborto em gravidezes clinicamente reconhecidas são de 2-4% e 15-20%, respectivamente.
Lactação: Não há informações relacionadas à presença de TEPEZZA no leite humano, efeitos no lactente ou efeitos na produção de leite.
Fertilidade: Não foram realizados estudos de fertilidade com TEPEZZA.
Contracepção – Mulheres: Com base em seu mecanismo de ação que inibe IGF-1R, TEPEZZA pode causar dano fetal quando administrado a uma grávida. Deve-se alertar as mulheres com potencial reprodutivo para usar contracepção efetiva antes do início, durante o tratamento com TEPEZZA e por 6 meses após a última dose de TEPEZZA.
Categoria de risco na gravidez X: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Sobre a Horizon
A Horizon está focada na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos que atendem às necessidades críticas de pessoas afetadas por doenças inflamatórias raras, autoimunes e graves. Nosso pipeline é proposital: aplicamos conhecimento científico e coragem para trazer terapias clinicamente significativas para os pacientes. Acreditamos que a ciência e a compaixão devem trabalhar juntos para transformar vidas. Para obter mais informações sobre como nos esforçamos ao máximo para impactar vidas,nvisite nosso site e siga-nos no Twitter, LinkedIn, Instagram e Facebook.
Declarações prospectivas
Este comunicado à imprensa contém declarações prospectivas, incluindo, mas não se limitando a, declarações relacionadas à aprovação regulatória do teprotumumabe no Brasil e aos seus potenciais benefícios para os pacientes no Brasil. O medicamento será comercializado localmente com sucesso, e os riscos detalhados de tempos em tempos sob o título “Fatores de Risco” nos arquivos e relatórios da Horizon junto à Comissão de Segurança e Câmbio (SEC, da sigla em inglês), agência independente que trabalha para promover um impacto positivo na economia dos Estados Unidos. A Horizon não assume nenhum dever ou obrigação de atualizar quaisquer declarações prospectivas contidas neste comunicado à imprensa como resultado de novas informações.
[1] Barrio-Barrio J, et al. Graves’ Ophthalmopathy: VISA versus EUGOGO Classification, Assessment, and Management. Journal of Ophthalmopathy. 2015;2015:249125.
[2] McAlinden C. An overview of thyroid eye disease. Eye Vis (Lond). 2014 Dec 10;1:9. doi: 10.1186/s40662-014-0009-8
[3] Men CJ, Kossler AL, Wester ST. Updates on the understanding and management of thyroid eye disease. Ther Adv Ophthalmol. 2021 Jun 30;13:25158414211027760.
[4] Weightman DR, et al. Autoantibodies to IGF-1 Binding Sites in Thyroid Associated Ophthalmopathy. Autoimmunity. 1993;16(4):251–257.
[5] Pritchard J, et al. Immunoglobulin Activation of T Cell Chemoattractant Expression in Fibroblasts from Patients with Graves’ Disease Is Mediated Through the Insulin-Like Growth Factor 1 Receptor Pathway. J Immunol. 2003;170:6348-6354.
[6] Bartalena L, Kahaly GJ, Baldeschi L, et al. The 2021 European Group on Graves’ Orbitopathy (EUGOGO) ClinicalPractice Guidelines for the Medical Management of Graves’ Orbitopathy [published online ahead of print]. Eur J Endocrinol. 2021 Jul 1: EJE-21-0479 R1 doi: 10.1530/EJE-21-0479.
[7] McKeag D, et al. Clinical features of dysthyroid optic neuropathy: a European Group on Graves’ Orbitopathy (EUGOGO ) survey. Br J Ophthalmol. 2007;91:455-458.