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Rio de Janeiro tem lei municipal que garante espaços exclusivos para pessoas autistas em estádios

ByJornalismo Diário PcD

jul 10, 2023
Rio de Janeiro tem lei municipal que garante espaços exclusivos para pessoas autistas em estádios

Na terça-feira (4), Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, sancionou um projeto de lei que obriga estádios, ginásios e arenas esportivas com capacidade superior a 5 mil pessoas a criar locais específicos para pessoas diagnosticadas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). O prazo para que as adequações sejam feitas é de 180 dias.
 

O PL 453-A/2021, que foi aprovado no dia 23 de maio pelos vereadores e agora publicado pelo líder do executivo municipal no Diário Oficial do Rio de Janeiro, e estabelece que 0,5% do total de ingressos disponibilizados para os eventos devem ser direcionados para pessoas com autismo. O autor do projeto é o vereador William Siri (PSOL).
 

Nos últimos meses, diversos times expressivos do futebol brasileiro criaram espaços para pessoas com TEA. O Goiás, por exemplo, aproveitou a data do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em abril, e inaugurou um camarote exclusivo para indivíduos com TDAH e espectro autismo. Na sala sensorial da casa esmeraldina há brinquedos, puffs, televisão e videogame.
 

“Temos feito ações inclusivas que buscam conscientizar o público acerca do tema, uma vez que enxergamos o futebol como um meio fundamental para difundir o respeito e a empatia com as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O clube tem como ideal contribuir para uma sociedade mais justa e acolhedora em relação ao autismo, e a criação do camarote adaptado foi um grande marco desse projeto”, pontua Tiago Pinheiro, diretor de marketing do Goiás,
 

Outro clube do Centro-Oeste brasileiro que preparou um local especial no estádio voltado para essa comunidade foi o Cuiabá. Em parceria com o governo do estado do Mato Grosso, o Dourado possui um camarote na Arena Pantanal que garante a tranquilidade e a segurança dos torcedores autistas e os seus respectivos responsáveis.
 

Cristiano Dresch, vice-presidente do Cuiabá, comenta sobre a importância das ações sociais para o Dourado: “Contribuir para a inclusão de todo o público é algo fundamental em nosso clube. Ficamos muito contentes e honrados em poder levar alegria às crianças autistas. Não mediremos esforços para possibilitar ambientes cada vez mais adaptados e confortáveis para eles, já que essa é uma das virtudes do futebol”.
 

No Rio Grande do Sul, o Juventude foi pioneiro em disponibilizar espaços adequados para que o público consiga assistir aos duelos de maneira confortável. Além do oferecimento de fones redutores de ruído, o alviverde tem criado projetos para o público, como a torcida organizada exclusiva para autistas.
 

“Por meio de reuniões com o poder público e com entidades de apoio aos autistas, observamos que muitas crianças com TEA evitavam frequentar o estádio por receio de barulho, dificuldade de deslocamento, tumultos, entre outros fatores, e tratamos esta questão o mais rápido possível. Desenvolvemos estratégias para acolher essas famílias, com um espaço exclusivo e o auxílio na criação de uniformes e bandeiras alusivos à causa”, conclui Fabiano Pizetta, diretor de marketing e ações sociais do time gaúcho.

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