Os professores são parte fundamental na educação de todas as pessoas, mas são ainda mais imprescindíveis para o desenvolvimento contínuo de crianças autistas. O transtorno impacta as áreas de comunicação e comportamento, mas os pequenos ainda podem evoluir através de uma educação inclusiva e estratégias apropriadas.
A especialista em neuropedagogia e diretora de educação do Grupo Rhema de Educação, Mara Duarte, explica que existem diversas abordagens pedagógicas e muitas delas abrangem o TEA. “É necessário entender que crianças com autismo conseguem realizar atividades complexas, mas para isso os professores precisam estar munidos de conhecimento e métodos que ajudem na evolução deles”, relata.
Confira algumas dicas da neuropedagoga para que os professores possam aplicar em sala de aula:
Evitar comparações com os demais alunos
Dessa forma é possível criar um ambiente seguro, construir um relacionamento com mais confiança e estimular as habilidades dos alunos focando no progresso individual.
Encorajar a criança a aprender de forma independente
O aprendizado pode ser mais empoderador quando a criança entende que consegue realizar uma atividade sem a necessidade de pedir ajudar
Dê condições para a auto-correção
Para a neuropedagoga, é importante que as crianças tenham algum tempo para entender possíveis falhas e corrigi-las sem que o professor sinalize que há algo errado.
Proponha tarefas breves e de curta duração
As atividades rápidas podem ajudar muito no desenvolvimento escolar de crianças autistas, isso porque podem ser mais esclarecedoras quando fazem parte de um planejamento abrangente.
Ofereça atenção individualizada aos alunos
Cada indivíduo possui características únicas que podem ir além do TEA. A atenção individual pode soar complexa em um ambiente com muitos alunos, mas faz toda a diferença no desempenho escolar.
Adote uma sequência gradativa dos conteúdos
Iniciar as atividades educativas a partir de exercícios simples faz com que as crianças autistas tenham mais facilidade para realizá-las e entender o contexto de forma natural.
Utilize ordens claras com explicações objetivas e linguagem fácil
Crianças autistas podem sofrer com problemas de comunicação, por isso falas mais curtas e objetivas são mais fáceis de compreender.
Retorne aos conteúdos estudados através de revisões e atividades complementares
É essencial revisitar os conteúdos apresentados para manter eles frescos na mente dos alunos, por isso as revisões e atividades complementares também devem fazer parte da rotina de estudos.
Existem diversas estratégias que podem ajudar a tornar o ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor para crianças com transtornos motores e, com o conhecimento adequado, é possível amenizar os sintomas e fazer com que o desempenho dos pequenos seja superado.
Sobre Mara Duarte
Mara Duarte da Costa é neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e coach educacional. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Educação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil.