O Governo do Estado de São Paulo que desde 2020 criou uma grande polêmica para a concessão da isenção do IPVA para pessoas com deficiência é alvo de apurações no Ministério Público (Procuradoria Geral de Justiça) e Ministério Público de Contas (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo)
As representações que tramitam nos dois órgãos foram encaminhadas pelo Diário PcD.
No Tribunal de Contas, a 6ª Procuradoria de Contas determinou à Equipe de Fiscalização que avalie o que foi relatado por João Paulo Giordano Fontes, Procurador do Ministério Público de Contas. O órgão fiscaliza “irregularidades cometidas por autoridades do Governo do Estado de São Paulo ao determinar regras para que pessoas com deficiência cumpram em relação a obtenção da isenção de IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, mas que, em função da lentidão e falta de estrutura impedem o acesso do segmento a isenção, assim como o envolvimento direto de R$ 13 (treze) milhões reais dos cofres públicos estaduais”. Foram apontadas, ao menos 6 itens, para a fiscalização do que foi apontado pelo Diário PcD.
Já Wilson Ricardo Coelho Tafner, 6º Promotor de Justiça de Direitos Humanos – Área de Pessoas com Deficiência, em despacho recente endereçado a Samuel Kinoshita, Secretário da Fazenda e do Planejamento, requisita que “no prazo de 10 (dez) dias, preste detalhadas informações” sobre 4 (quatro) apontamentos.
Atualmente, em todo o estado de São Paulo, por lentidão governamental, pelo menos 60 (sessenta) mil pessoas ainda não sabem se terão direito à isenção do IPVA de 2022 e 2023. Mesmo que encaminhando o pedido de isenção para a Secretaria da Fazenda e passado por perícia obrigatória, ainda não foi divulgado pelo governo se as isenções serão deferidas/indeferidas.
Os contribuintes que tenham o pedido de isenção indeferido, terá 30 (trinta) dias para pagar os impostos de dois anos de uma só vez, antes da cobrança dos acréscimos legais.
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