Uma sociedade que deseja incluir ao invés de segregar precisa reconhecer a importância dos professores como ferramenta de inclusão, já que é nas salas de aula que boa parte das pessoas aprende a lidar com diferenças.
De acordo com Mara Duarte, diretora pedagógica do Grupo Rhema Educação, os professores desempenham um papel fundamental na criação de um ambiente inclusivo, no qual todos os alunos venham a se sentir valorizados e respeitados. “Eles podem promover a diversidade e a aceitação, identificando necessidades individuais, apoiando e promovendo o respeito a todos”, reflete.
Segundo a especialista, são os professores que muitas vezes desempenham um papel essencial na promoção da igualdade de oportunidades educacionais para os alunos. “Eles podem ajudar a combater preconceitos e garantir o direito à educação para todos em sala de aula. Para isso, porém, é importante que sejam valorizados e também tenham formação adequada”, afirma.
O Grupo Rhema conta com uma série de eventos mensais que visam capacitar quem atua com o processo de desenvolvimento infantil e precisa aprender como incluir. “Realizamos, por exemplo, oficinas gratuitas cujo foco é ensinar dicas práticas para se trabalhar a tolerância e a frustração em uma criança com transtorno de espectro autista (TEA). Ou, ainda, ensinamos como o professor pode oferecer atividades práticas para incluir alunos com dificuldades psicomotoras e em matemática na sala de aula”, conta.
De acordo com Mara, a capacitação adequada é fundamental no trabalho de inclusão. “Os professores desempenham um papel crucial na facilitação do aprendizado, mas quanto mais souberem desenvolver estratégias de ensino personalizadas para atender diferentes necessidades, melhor conseguirão cumprir sua missão”, conceitua.
A diretora pedagógica ressalta, porém, que, normalmente, apenas o professor não consegue dar conta de todo processo necessário para se incluir um aluno que tem dificuldades, principalmente o com deficiência, por isso, as parcerias são extremamente importantes. “O professor é a ferramenta essencial, porém, é preciso apoio da família, governo e, além disso, de outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos e assistentes sociais para que exista um trabalho que se complementa em todas as frentes”, finaliza.