A Vitru Educação lança o curso superior de Tecnologia em Acompanhamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que será oferecido a partir de 2024, na UNIASSELVI e UniCesumar – marcas controladas pela companhia.
O tecnólogo, que tem o período mínimo de duração de dois anos, receberá matrículas na modalidade de ensino EAD e é direcionado a pessoas que tenham interesse em se aprofundar no Transtorno do Espectro Autista. As matrículas ficarão abertas nos mais de 2 mil polos distribuídos em todas as regiões do país.
Contudo, profissionais da educação podem ter mais interesse na qualificação, já que ao concluir o curso terão um diploma de nível superior que comprova a aptidão no acompanhamento de pessoas diagnosticadas com TEA.
Para isso, entre os diversos conteúdos curriculares há disciplinas de imersão profissional e está previsto o acesso ao laboratório virtual especializado para que os acadêmicos vivenciem experiências práticas controladas em espaços de acompanhamento escolares e multidisciplinares.
Depois de formado, o graduado poderá oferecer suporte no processo de aprendizagem do autista e seu convívio por meio de estratégias que resultam na inclusão social destas pessoas.
Competências Técnicas e Comportamentais
Entre as competências adquiridas no tecnólogo, estão:
● Explorar as habilidades, os interesses e os desafios específicos da pessoa com TEA para oferecer um atendimento qualificado;
● Implementar estratégias de comunicação alternativa para melhorar a interação com autistas;
● Criar ambientes e rotinas que atendam às necessidades sensoriais e de regulação das pessoas autistas;
● Reduzir os estímulos contrários e criar espaços seguros e inclusivos;
● Promover a sensibilização social para redução do estigma associado ao autismo, explorando questões éticas.
Necessidade de profissionais capacitados
Nos últimos anos, foram relatados aumentos na prevalência do TEA. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que existam cerca de 70 milhões de pessoas autistas no mundo, sendo 2 milhões delas no Brasil.
Dados epidemiológicos revelam que a prevalência do transtorno vem aumentando significativamente ao longo dos anos. Pesquisas recentes indicam que a cada 36 crianças brasileiras, uma delas é diagnosticada com TEA. Elas estão matriculadas em escolas regulares e precisam ser acompanhadas por um profissional devidamente capacitado.
Essa demanda é um direito previsto na lei federal 12.764/12, ao instituir a Política de Proteção dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista. O texto garante, nos casos de comprovada necessidade, o direito da criança autista e matriculada em escola regular de possuir acompanhamento em sala de aula.