A grafomotricidade está relacionada à capacidade de se realizar movimentos precisos e coordenados necessários para a escrita ou outros registros gráficos. No caso das crianças, envolve precisão de movimentos e controle de funções neurológicas e musculares.

Segundo Mara Duarte, diretora executiva do Grupo Rhema e coach educacional, a grafomotricidade é a expressão gráfica da criança, que acontece aos poucos, sendo necessário um caminho delimitado e orientado que deve ser traçado pelos educadores. “Quando uma criança começa a ir para a escola, os educadores precisam ensiná-la a lidar com os objetos de escrita, deixando-a criar de forma livre. Depois desta fase, começam os exercícios relacionados ao treino da grafomotricidade, que devem estimular a coordenação motora”, explica. 

É nesse momento, normalmente ao redor dos quatro ou cinco anos, que os educadores precisam pensar em alternativas adequadas de estímulo. “A criança aprende a escrita ao longo do seu desenvolvimento, quando vai descobrindo coisas novas e se expressando graficamente. É por isso que a grafia deve ser induzida de forma sensorial, integrativa e perceptiva para que a expressão do aluno seja trabalhada de maneira satisfatória”, afirma. 

De acordo com a especialista, é fundamental que a criança tenha o apoio de professores, profissionais e pais, começando com atividades lúdicas, para desenvolver suas habilidades com a grafia e sua capacidade futura de criar textos diferentes, mais complexos e sem dor ou lentidão. “Para auxiliar os educadores a aprenderem diferentes maneiras de estimular essas habilidades grafomotoras, tornando mais prazerosa e eficaz a fase de alfabetização, criamos a Oficina de Grafomotricidade, um curso on-line sobre o tema”, menciona.

O curso do Instituto Rhema aborda pontos essenciais relacionados ao desenvolvimento da grafomotricidade, como a importância da força e do tônus muscular, preensão e destreza manual e coordenação visomotora. “Até mesmo a postura da criança na cadeira terá influência sobre sua destreza ao escrever, por isso, consideramos muito importante que o educador se capacite para entender e utilizar as ferramentas e ações corretas nessa fase. É necessário reforçar que a capacidade de ler e escrever da criança não vem pronta e ela precisa de apoio para se desenvolver nesse sentido”, conclui.