No dia 9 de dezembro é celebrado o Dia do Fonoaudiólogo, profissional comprometido com a promoção da saúde e qualidade de vida através da prevenção e tratamento de diversas alterações relacionadas à comunicação humana.
A atuação do fonoaudiólogo é fundamental no Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço – IOU, na Unicamp, em Campinas. No caso do câncer de cabeça e pescoço, um dos maiores focos do Instituto, o fonoaudiólogo desempenha um papel crucial na reabilitação integral dos pacientes, pois a doença, na maior parte dos casos, afeta a linguagem, audição, fala, fluência, articulação, voz, deglutição, mastigação e a respiração.
No IOU a atuação fonoaudiológica abrange as áreas da voz; saúde auditiva; reabilitação vestibular/distúrbios do equilíbrio; disfagia adulto e infantil; crânio-maxilo-facial, ronco e apneia, respirador oral, paralisia facial e câncer de cabeça e pescoço.
O trabalho dos fonoaudiólogos no IOU ocorre em conjunto com os outros profissionais. A atuação concomitante com médicos, dentistas, psicólogos e fisioterapeutas tem o objetivo de viabilizar o bem-estar e reinserir a pessoa na sociedade.
“O fonoaudiólogo auxilia o paciente a buscar autonomia funcional em relação a fala, a voz e a deglutição. O alvo é conseguir uma comunicação minimamente eficiente e uma alimentação com segurança”, explica Vaneli Colombo Rossi, coordenadora do Ambulatório de Reabilitação Fonoaudiológica pós-cirurgia de Câncer de Cabeça e Pescoço no IOU.
Vaneli diz que durante o tratamento dos pacientes no hospital a comunicação entre os colaboradores é parte da rotina. “Cada profissional, além de trabalhar de forma individual, também tem o comprometimento de contribuir com o coletivo”, enfatiza.
Ela ressalta que os profissionais envolvidos não trabalham necessariamente ao mesmo tempo. De acordo com ela, cada especialista presta atendimento de forma individual para depois compartilhar os avanços do paciente com toda a equipe.
Outra fonoaudióloga da equipe do IOU, Luciane Calonga, responsável pela reabilitação dos problemas auditivos, com aparelhos e implantes auditivos, reforça que o tratamento pela cura do câncer deve incluir o fonoaudiólogo. “Sem ele, após o tratamento, a qualidade de vida sofre forte impacto. Atividades simples do dia a dia como mastigar, engolir e falar podem ser perdidas e o fonoaudiólogo consegue auxiliar esse paciente reinserindo dessa forma no convívio social”, salienta Luciane.
Novas tecnologias
A fonoaudiologia tem acompanhado a evolução tecnológica e inúmeros recursos foram incorporados no processo de reabilitação. O IOU oferece o que há de mais novo dentro de cada uma das áreas da fonoaudiologia. O paciente que inicia sua reabilitação no IOU tem acesso a profissionais referência na área. “O IOU está alinhado com as inovações também quanto a reabilitação dos mais diversos problemas da audição. A cada dia novas tecnologias são desenvolvidas com mais qualidade, oferecendo aos pacientes uma melhor qualidade auditiva e maior facilidade na comunicação. No IOU temos vários modelos de próteses auditivas tradicionais e implantáveis”, destaca Luciane.
Vaneli afirma que o maior desafio na área de cabeça e pescoço é conscientizar a população sobre os fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença, como hábitos de vida prejudiciais. “Sensibilizar as pessoas sobre os malefícios do fumo, bebida, sedentarismo e a ingestão de alimentos ultraprocessados ainda é um desafio. Faz-se necessário que isso seja amplamente divulgado”, alerta.
As fonoaudiólogas do IOU são unânimes em afirmar que a profissão é uma das mais promissoras do futuro por responder às necessidades crescentes da população em todas as fases da vida.