As festas de fim de ano são um momento de celebração e reuniões familiares, mas é importante lembrar que algumas pessoas precisam de cuidados adequados nesta época, como aquelas com autismo. O Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional na inclusão de pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, dá dicas de cuidados importantes para garantir que todos possam curtir o Natal e Ano Novo com alegria e segurança.
De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui cerca de dois milhões de habitantes diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o autismo como uma série de sinais que indicam algum grau de dificuldade no comportamento social, comunicação e linguagem. Diante disso, é necessário estar ciente de que algumas situações podem ser desconfortáveis e estressantes para quem tem autismo.
Veja a seguir algumas dicas para as festas serem mais agradáveis para todos:
- Sons: músicas e sons muito altos podem causar incômodo e até mesmo dor física. Opte por músicas mais calmas e ajuste o volume para um nível mais baixo. Uma sugestão interessante é o uso de abafadores de ouvido, que proporcionam uma barreira eficaz contra ruídos excessivos;
- Fogos de artifício: atualmente, a Lei 6881/17 prevê a proibição destes artefatos, considerando que o barulho pode ser prejudicial para pessoas com autismo. O estouro dos fogos pode gerar ansiedade e crises naqueles que são mais sensíveis a sons. Portanto, é fundamental buscar alternativas mais tranquilas para a celebração;
- Luzes: luzes de enfeite de Natal neutras com regulagem de cores e intensidade contribuem para um ambiente mais confortável. Evite luzes muito intensas ou piscantes;
- Locais agitados: avalie se o local escolhido para as celebrações é adequado para a pessoa com autismo. Locais agitados podem ser desconfortáveis e é importante ter um plano B caso a pessoa não se sinta à vontade.
“Ao tomar esses cuidados especiais, podemos contribuir para um ambiente inclusivo e acolhedor durante as festas de fim de ano em que todos possam celebrar com harmonia e segurança”, finaliza Marina Alves, supervisora do Centro de Neurodesenvolvimento e Reabilitação (CNR) do Instituto Jô Clemente (IJC).
Sobre o Instituto Jô Clemente (IJC)
O Instituto Jô Clemente (IJC) é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há mais de 62 anos promove saúde e qualidade de vida às pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de direitos, disseminando conhecimento por meio de pesquisas científicas. Com o pioneirismo e a inovação como premissas, propicia o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias sobre os direitos das pessoas com deficiência intelectual.
Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal, o Laboratório do Instituto Jô Clemente (IJC) é o maior do Brasil em número de exames realizados e oferece, atualmente, o Teste do Pezinho Ampliado na rede pública do município de São Paulo, contemplando o diagnóstico precoce de cerca de 50 doenças, incluindo dezenas de condições raras. É também um centro de referência no tratamento de fenilcetonúria, deficiência de biotinidase e hipotireoidismo congênito, doenças detectadas no Teste do Pezinho que podem evoluir para a deficiência intelectual se não tratadas corretamente.
Além disso, o IJC produz e difunde conhecimento sobre deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras. Um dos nossos focos é apoiar e desenvolver projetos de pesquisa aplicada, tecnológica e de inovação, em parceria com órgãos públicos ou privados e instituições de ensino e pesquisa, com o objetivo de gerar conhecimento para estudos, informações para as pessoas, produtos, serviços e novos modelos de negócio para a Organização.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 5080-7000 ou pelo site do IJC.