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  • sex. nov 22nd, 2024

Quais são e como funcionam as próteses que o paratleta Vinicius Rodrigues levou para o reality

Quais são e como funcionam as próteses que o paratleta Vinicius Rodrigues levou para o reality

O Paratleta Vinícius Rodrigues, que participa de um reality, foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais durante a primeira prova do líder da edição, realizada entre a noite de segunda-feira (8) e a manhã de terça-feira (9). Questões como o uso da prótese na água, sua retirada em um dos momentos da prova e a troca do equipamento no andamento da competição foram alguns dos temas que movimentaram as redes sociais. Contudo, o uso de próteses adequadas depende da situação em que o utilizador se encontra ou sua necessidade no dia a dia.

Exemplo disso é sua atuação como atleta paralímpico. Medalhista de prata nas Paralimpíadas de Tóquio 2021, Vinícius competiu na prova de 100 metros de atletismo na categoria T-63, destinada a competidores amputados na perna acima do joelho. Antes disso, na mesma categoria, ele já havia feito história para o Brasil, quando bateu o recorde mundial da prova ao participar do Open Loterias Caixa de Atletismo e Natação, com o tempo de 11s95. Para as provas das quais participa, assim como no BBB, ele usa as próteses adequadas para garantir índices de campeão, seja um joelho, pé ou lâmina adequada para os treinos ou corridas. 

Prótese para ambiente aquático

Um dos temas mais comentados nas redes sociais foi o fato de o paratleta retirar a prótese para passar pelo circuito. Segundo o diretor de academy na América Latina da Ottobock, Thomas Pfleghar, empresa que produz os equipamentos utilizados pelo medalhista, isso acontece porque, naquela situação, a prótese que ele utilizava é parcialmente resistente a água, podendo ficar em contato com água por até 30 minutos. “Naquele momento, Vinícius utilizava um joelho C-Leg, um equipamento eletrônico com microprocessador. Caso ele entrasse na gosma verde, poderia danificar o aparelho. Ele opta por retirar o componente por ser eletrônico e ter padrões programados de funcionamento, o que poderia diminuir a velocidade do competidor”, explica.

Durante a madrugada, com o auxílio da produção do programa, o paratleta conseguiu trocar o equipamento por outro, 100% à prova d’água, o que facilitou seu desempenho. Trata-se da prótese de joelho Dynion, que pode ser usado no chuveiro, na água do mar ou em piscinas, por exemplo. O joelho ainda conta com uma trava manual, que fornece suporte para que o usuário possa permanecer em áreas úmidas ou ficar de pé por um período prolongado, algo que foi necessário para Vinícius resistir por cerca de dez horas na prova do líder.

Pfleghar comenta ainda que existe outra tecnologia que é, ao mesmo tempo, a prova d’água e eletrônica, o que une as características dos joelhos usados pelo atleta durante a competição. Contudo, sua utilização demandaria da manutenção ideal após a exposição do joelho a condições adversas, como por foi o caso da gosma, o que não é possível por sua condição de confinamento. “O Vinícius é um atleta que precisa de possibilidades na vida dele. Por isso, o aconselhamos a entrar no programa com componentes que dessem a ele todas as possibilidades na participação com segurança”, afirma. 

Além dessas próteses, Vinícius levou para o reality um terceiro joelho: o 3S80 Sports, combinado com a lâmina de corrida 1E91, a qual utiliza em suas competições e é ideal para situações de corrida. Também levou o pé Taleo Side Flex, que oferece uma adaptabilidade às superfícies irregulares e inclinações. Isso permite, por exemplo, um movimento para frente mais controlado se comparado com outros produtos semelhantes. Outro componente é o pé Triton, usado para atividades mais intensas, como é o caso da rotina de Vinícius como paratleta, o que pode favorecê-lo em exercícios de grande impacto. 

Flexibilidade do equipamento

Outro assunto que movimentou as redes sociais foi o fato de a prótese que o atleta utiliza não flexionar quando ele passou pelo circuito da prova do líder. Em geral, segundo o diretor de Academy da empresa, as próteses mecânicas são diferentes na comparação com um joelho humano, que é comandado por ações vindas diretamente do cérebro. “É um componente passivo que segue um padrão de movimento, diferente dos movimentos que o corpo humano faz naturalmente”, explica. 

O equipamento fica esticado, como aconteceu durante a prova, porque a tecnologia está pronta para receber o peso da pessoa de maneira segura. “Para que o joelho possa oferecer essa segurança para utilizadores como o Vinícius, é necessário que ele fique esticado para que a pessoa possa, durante seu uso, flexioná-lo da melhor forma e de acordo com a necessidade da situação”, completa o diretor.

Ainda que não tenha conseguido vencer a primeira prova do líder, os equipamentos usados pelo paratletas são ideais para as diferentes situações que ele vai enfrentar no programa. “O Vinícius é um atleta de alto rendimento, que já se mostrou vitorioso em competições nacionais e internacionais e representou bem o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio. Os equipamentos com certeza darão para ele, como brother do programa, o suporte suficiente para ser tão competitivo quanto nas pistas paralímpicas”, acredita Pfleghar. 

IMAGEM/CRÉDITO: Divulgação/Ottobock – Vinícius Rodrigues, participante do reality

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