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O impacto positivo da Educação Inclusiva no desenvolvimento de crianças e adolescentes com deficiência intelectual

ByJornalismo Diário PcD

jan 25, 2024
Educação inclusiva tem impacto positivo no desenvolvimento de crianças e adolescentes com deficiência intelectual

Na quarta-feira, 24, foi celebrado o Dia Internacional da Educação. A data, instituída pela ONU – Organização das Nações Unidas, tem o objetivo de reforçar a importância da educação no desenvolvimento do ser humano. Por meio dela, as pessoas aprendem, se informam e constroem narrativas para a vida em sociedade.
 

O acesso à educação é um direito assegurado pela Constituição Federal, na qual todas as pessoas devem frequentar o ambiente escolar. Entretanto, para pessoas com deficiência intelectual, mesmo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, esse acesso é dificultado pelas inúmeras barreiras que enfrentam ao tentarem se matricular na escola regular.
 

Nesse sentido, o Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional na inclusão das pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, oferece o serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Criado em 2008, o programa é destinado para crianças e jovens com diagnóstico de deficiência intelectual e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre 4 e 17 anos, regularmente matriculados e que estejam frequentando as Unidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino. O IJC oferece suporte direto ao estudante, com o propósito de quebrar barreiras de aprendizagem para que o aluno possa ter autonomia a partir dos próprios recursos e potencialidades.
 

“Para que isso seja possível, o IJC dispõe de métodos educacionais e estratégias como leituras e jogos que são definidos de acordo com as características de cada criança/adolescente, favorecendo o rompimento das barreiras nos ambientes sociais, educacionais e familiares”, explica o supervisor do serviços de Inclusão Educacional do IJC, Victor Martinez.

Para comprovar a eficácia do programa, o IJC, ao lado do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (CEPI), desenvolveu uma pesquisa, em 2009, para avaliar o desenvolvimento dos alunos com deficiência intelectual. Durante três anos, o Instituto acompanhou o desenvolvimento de 109 crianças, que migraram da escola especial para a escola regular.
 

Os resultados mostraram que os alunos que frequentam o AEE obtiveram mais autonomia, independência e conseguiram evoluir no relacionamento interpessoal e na expressão de sentimentos. Além disso, os alunos com deficiência intelectual matriculados em escolas regulares apresentaram maior variação na pontuação entre a primeira e a segunda avaliação em todas as áreas, quando comparados àqueles que frequentaram instituições especializadas.
 

Outra melhoria observada foi em relação aos profissionais (diretores, coordenadores e professores). Por meio do programa, eles têm buscado conhecimento, seja por meio de formações e grupos de estudos dentro das próprias escolas ou por meio de trocas de experiências, para proporcionar conteúdos flexibilizados que atendam às necessidades de todos os alunos. “É preciso abandonar soluções excludentes e segregadoras e avançar em práticas que contribuem para o desenvolvimento e a aprendizagem de pessoas com deficiência intelectual e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além disso, a educação inclusiva é fundamental para uma sociedade mais inclusiva e com oportunidade para todas as pessoas”, conclui Martinez.


Sobre o Instituto Jô Clemente (IJC)

O Instituto Jô Clemente (IJC) é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há mais de 62 anos promove saúde e qualidade de vida às pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de direitos, disseminando conhecimento por meio de pesquisas científicas. Com o pioneirismo e a inovação como premissas, propicia o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias sobre os direitos das pessoas com deficiência intelectual.

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