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Perda auditiva deve alcançar 900 milhões de pessoas até 2050

ByJornalismo Diário PcD

mar 12, 2024
Perda auditiva deve alcançar 900 milhões de pessoas até 2050

Um problema invisível, de difícil percepção aos pacientes e que atinge um contingente cada vez maior da população global. De acordo com a ONU, atualmente, há cerca de 470 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. E, até 2050, a projeção é que esse número chegue a 900 milhões.

Um dado preocupante, que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), resulta, sobretudo, de “percepções errôneas, profundamente arraigadas da sociedade, e mentalidades estigmatizantes que limitam os esforços para prevenir e abordar a perda auditiva”. Ou seja, é preciso mais conscientização para evitar essa “epidemia de casos” que se projeta para as próximas décadas.

Por essa razão é que, anualmente, todo dia 3 de março a entidade global se mobiliza em torno do Dia Mundial da Audição. Nesta edição de 2024, o tema central será a importância da manutenção da audição ao longo da vida. A partir do lema “Para ouvir por muito tempo, ouça com cuidado”, a OMS pretendechamar a atenção da sociedade para entendimentos equivocados que comprometem a adoção de protocolos mais efetivos de combate e prevenção aos problemas auditivos.

Dentre as principais recomendações, estão o uso de protetores sonoros em shows e no trabalho e a realização de avaliações anuais com profissionais da área de Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia.

De acordo com a mestre em distúrbio da comunicação e linguagem, especializada em cuidados integrativos e em reabilitação auditiva, Christiane Nicodemo, fonoaudióloga do Hospital Paulista, as pessoas, em geral, desconhecem os fatores que estão associados à perda auditiva e também não têm o hábito de fazer exames regulares.

Diabetes, hipertensão, obesidade e tabagismo, segundo ela, são os principais indicativos que servem de alerta, pois aceleram esse processo. “O paciente, em geral, não percebe essa perda. E as pessoas próximas, por sua vez, costumam demorar para fazer essa associação e procurar auxílio profissional”, observa.

Mesmo após a realização dos exames audiológicos, a especialista afirma que as pessoas, em média, ainda demoram 7 anos para procurar ajuda especializada. “Esse dado é da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e mostra o quão é tardia a percepção da importância do tratamento por parte dos pacientes e das famílias. É essencial que a busca do diagnóstico seja feita tão logo observados os primeiros sintomas. E, no caso das pessoas que já têm pré-disposição, a recomendação é que façam exames periódicos”, enfatiza.

Audiometria

A especialista destaca que o exame mais recomendado para fazer o diagnóstico e acompanhamento desse tipo de paciente é a audiometria – um procedimento de custo baixo, totalmente indolor e não invasivo, que dura cerca de 20 minutos. O exame é feito em uma cabine acústica à qual o paciente, a partir de um fone de ouvido com microfone acoplado, responde a perguntas por meio de sinais e gestos. As informações são dispostas em um audiograma, que é um gráfico que contém as respostas do paciente aos sons emitidos. A partir da avaliação de um otorrinolaringologista, é feito o encaminhamento ao tipo de tratamento mais adequado a cada paciente.

“Se houver perda auditiva, pode ser necessário o uso de aparelho auditivo para auxiliar na escuta. Esse tipo de aparelho amplia o reconhecimento sonoro e ajuda na comunicação”, explica a fono do Hospital Paulista.

A maior preocupação, segundo ela, é com a predisposição ao desenvolvimento de demência precoce, provocada justamente por essa falta de estímulos auditivos. “Há vários estudos que relacionam essa combinação por conta do isolamento que a surdez provoca. Isso reforça a necessidade de a audiometria fazer parte dos exames de rotina de pessoas idosas”, pontua.

Na mesma linha, o otorrinolaringologista Dr. José Roberto Gurgel Testa, também do Hospital Paulista, lembra que a falta de prevenção causa prejuízos à sociedade e também à economia mundial.

“A OMS estima que a perda auditiva não tratada representa um custo anual de US$ 980 mil milhões por ano. Este é o custo estimado do impacto da perda auditiva sem acesso à reabilitação, incluindo perdas de produtividade e exclusão social”, enfatiza.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui quase cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

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