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  • qui. nov 21st, 2024

Regulamentação da IA pode acelerar inclusão de neurodivergentes no mercado de trabalho

Regulamentação da IA pode acelerar inclusão de neurodivergentes no mercado de trabalho

Especialistas defendem que lei incentive uso da tecnologia para criar práticas de recrutamento, aprendizagem e acomodações mais acessíveis a este público

No dia 22 de maio foi encerrado o período de contribuição da sociedade civil ao Projeto de Lei 2338/23 (PL), que visa regulamentar a Inteligência Artificial (IA) no Brasil. Aproveitando que as discussões em torno do assunto se tornam cada vez mais profundas, especialistas alertam para que o país não perca a oportunidade de usar essa normatização como instrumento para incentivar a aplicação desta tecnologia no sentido de desenvolver práticas e ambientes mais acolhedores para os neurodivergentes no mercado de trabalho.

A inspiração para essa reivindicação vem da Europa, que aprovou, em março, a regulação da IA para todo o continente, mas não avançou o suficiente na opinião de entidades representativas. O European Disability Forum considerou o documento uma vitória apenas parcial. O organismo comemora em documento que a legislação aprovada obriga os sistemas de Inteligência Artificial de alto risco a cumprirem requisitos de acessibilidade. Apesar disso, ele adverte que a redação não abordou a questão no nível de abrangência esperado.

Anderson Belem, empresário diagnosticado com TDAH e Altas Habilidades/SD Criativo Produtivo, é CEO e fundador da Otimiza, worktech de Inteligência Artificial especializada em benefícios flexíveis. Ele chama a atenção para o relatório apresentado no Fórum Econômico Mundial, segundo o qual os avanços tecnológicos, como IA emocional e conversacional, bem como plataformas e ferramentas especializadas de recrutamento e aprendizagem, entre outros, podem enfrentar alguns desafios vivenciados por neurodivergentes, por exemplo, criando locais de trabalho, experiências de recrutamento e práticas de aprendizagem e acomodação mais acessíveis.

“Se o país está se debruçando em um debate sobre as melhores práticas de uso da Inteligência Artificial, então este é o momento ideal para introduzir este tipo de abordagem para assegurar que, mais uma vez, este público não seja deixado de lado”, diz.

O Fórum Econômico Mundial afirma que “as soluções de assistência para pessoas neurodiversificadas ou com deficiências cognitivas podem se concentrar em critérios como atenção, memória, comunicação, aprendizagem, funções executivas e desempenho, experiências visuais e tácteis, estado emocional e empatia”.

Para enfatizar os benefícios de discutir o uso da IA no apoio à neurodivergência, Belem cita o relatório “A diversidade vence: como a inclusão é importante”, produzido pela McKinsey em 2020. Segundo ele, o trabalho demonstra que as equipes neurodivergentes superam as homogêneas em 36%, em termos de rentabilidade. “A neurodiversidade deve ser vista como um aspecto valioso da sociedade, não como um obstáculo a ser superado ou um favor para com pessoas doentes. É preciso desmistificar a neurodivergência no mercado de trabalho. Neste sentido, a regulação da IA é uma oportunidade de ouro que não pode ser desperdiçada”, conclui.

Sobre a Otimiza Benefícios

A Otimiza Benefícios é uma worktech brasileira de Inteligência Artificial (IA) focada em soluções inteligentes que otimizam o dia a dia do trabalho. Ela é uma startup integrante dos Programas de Inovação do Google, com os seus Modelos de Linguagens Grandes (LLMs) Gemini, Vertex e da Microsoft, com seu Cloud IA Azure ChatGPT [OpenAI].

A Otimiza desenvolve e oferece ferramentas como Plataforma Web RH, Aplicativos Mobilie, Contas Digitais e Cartões Bandeirados entre outras opções de prateleira ou construídas sobre medida para que as empresas movimentem, engajem, paguem, gerenciem e se tornem cada vez mais eficientes no relacionamento com seus colaboradores.

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