Em 10 de julho, o Dia da Saúde Ocular traz alerta sobre conscientização, prevenção e o diagnóstico precoce de doenças oculares.
Recentemente, a cirurgia de emergência do cantor Marrone, da dupla com Bruno e Marrone, chamou a atenção para a seriedade do glaucoma. O cantor sofreu uma perda de campo visual devido ao avanço da doença, mas a situação poderia ter sido muito pior se ele não tivesse procurado ajuda a tempo. Este incidente serve como um alerta sobre a rapidez e a sutileza com que as doenças oculares podem se desenvolver. Doenças como diabetes, catarata e glaucoma, se não tratadas, podem levar à cegueira.
Cerca de 253 milhões de pessoas ao redor do mundo convivem, atualmente, com algum tipo de deficiência visual. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, entre 60% e 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados com ações eficazes de prevenção e tratamento. Pensando nisso, a Fundação Dorina Nowill para Cegos, referência em inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, destaca a importância dessas medidas para evitar a perda de visão.
“As doenças oculares podem afetar qualquer pessoa, independentemente de idade, gênero ou condição social. Fatores como predisposição genética, envelhecimento, traumas, infecções, estilo de vida e exposição ambiental podem contribuir para o surgimento dessas condições. Por isso, a detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para preservar a visão”, explica a Dra. Ana Carolina Fava Salata, da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
No Brasil, de acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 6,5 milhões de pessoas têm deficiência visual, sendo aproximadamente 500 mil cegas e 6 milhões com baixa visão. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que existam cerca de 1,2 milhão de brasileiros cegos.
De acordo com a Dra Ana, entre adultos e idosos, as principais causas de cegueira e baixa visão estão associadas ao envelhecimento. Condições como glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade podem causar baixa visão e cegueira irreversível.
“Para casos irreversíveis, é essencial buscar apoio de entidades e profissionais capacitados para a habilitação e reabilitação, visando à autonomia, independência e inclusão social da pessoa com baixa visão ou cega. É necessário conscientizar sobre os sintomas de problemas visuais, como visão turva, perda de campo visual, distorção de formas e dificuldade de visão em baixa luminosidade”, reforça a doutora.
Adotar hábitos saudáveis ainda é a melhor estratégia para prevenir a cegueira, além da consulta anual com seu oftalmologista. Proteger os olhos, manter uma alimentação equilibrada, reduzir o tempo de exposição a dispositivos eletrônicos, evitar o tabagismo, praticar exercícios físicos e realizar consultas regulares com o oftalmologista são medidas essenciais para preservar a saúde ocular.
A Fundação Dorina Nowill para Cegos promove diversas ações de prevenção e conscientização. Durante o Abril Marrom deste ano, por exemplo, a entidade realizou uma parceria com a concessionária Arteris, utilizando os painéis de mensagens variáveis (PMVs) para disseminar informações sobre saúde ocular para mais de 334 milhões de veículos por ano.
Outra iniciativa importante da Fundação foi a parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). A campanha foi projetada na fachada do icônico prédio da Federação, localizado na Avenida Paulista, e incluiu atividades como sessões de auriculoterapia e massagem realizadas por pessoas cegas e com baixa visão, testes de glicemia e oficinas de leitura em braille, impactando mais de mil pessoas em um único dia.
Ao promover a saúde visual e contribuir para uma sociedade mais consciente e solidária, empresas e entidades cumprem um importante papel social. “Neste Dia da Saúde Ocular, reforçamos a importância de cuidar da visão e apoiar iniciativas que visam prevenir a cegueira e a baixa visão”, destaca Ana Carolina.
Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos
A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico. Há 78 anos se dedica à inclusão social de crianças, jovens, adultos e idosos cegos e com baixa visão. A instituição oferece serviços gratuitos e especializados de habilitação e reabilitação, dentre eles orientação e mobilidade e clínica de visão subnormal, além de programas de inclusão educacional e profissional.
Responsável por um dos maiores parques gráficos braille em capacidade produtiva da América Latina, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, áudio, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.
A instituição também oferece uma gama de serviços em acessibilidade, como cursos, capacitações customizadas, audiodescrição e consultorias especializadas como acessibilidade arquitetônica e web. Com o apoio fundamental de colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é reconhecida e respeitada pela seriedade de um trabalho que atravessa décadas e busca conferir independência, autonomia e dignidade às pessoas com deficiência visual.
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