A Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado foi uma das primeiras da missão brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris a chegar em território francês. Elas desembarcaram na manhã da terça-feira, 13, no aeroporto Charles de Gaulle, na capital, e seguiram de ônibus para a cidade de Troyes, a cerca de 160 quilômetros de Paris, onde parte da delegação brasileira faz a aclimatação para os Jogos. Os atletas do vôlei sentado masculino, tênis de mesa e remo também chegaram nessa data.
Ainda no final da tarde de terça-feira, o técnico Fernando Guimarães comandou o primeiro treino das jogadoras que chegam ao evento com a inédita condição de campeãs mundiais. O título conquistado em novembro de 2022, em Sarajevo, na Bósnia, dá ao Brasil a condição de protagonista nos Jogos Paralímpicos.
Atual vice-líder do ranking mundial da World Paravolley, entidade internacional que rege a modalidade, o Brasil está no grupo B, ao lado de Ruanda, Eslovênia e Canadá. Essa última foi a adversária na final do Mundial, nos Balcãs, com eletrizante vitória verde e amarela por 3 sets a 2. Na chave A estão França, Estados Unidos, China e Itália. As duas melhores seleções de cada grupo avançam para as semifinais.
“Nós temos um pacto de nunca sair do pódio. Desde o Mundial da Bósnia mantivemos este hábito, estamos sempre entre as três melhores seleções”, explicou o treinador Fernando Guimarães, que assumiu a competição antes da competição nos Balcãs.
Nas duas competições internacionais da seleção feminina de vôlei sentado a bandeira do Brasil compôs a cerimônia do pódio, de fato. Primeiro, na Copa do Mundo, no Cairo, Egito, em novembro do ano passado, quando a seleção aplicou 3 a 0 na Alemanha na disputa pelo bronze, após derrota por placar idêntico contra a China na semi. Mais recentemente, no Super Six, competição realizada na Holanda em junho deste ano, quando também ficou com o bronze, desta feita com um 3 a 0 sobre a Itália, após ter feito campanha em chave única com três vitórias e duas derrotas. “Nosso grupo está muito fechado e preparado. O ambiente está legal. Estamos tão unidas que desde o primeiro minuto da concentração decidimos fazer tudo juntas. Inclusive as refeições”, disse a ponteiramineira Janaína Petit, eleita a melhor atleta da modalidade nas duas últimas edições do Prêmio Paralímpicos.
“Acho que a gente consegue ver isso até nas pequenas coisas sabe, estamos unidas de verdade tentamos fazer tudo junto, ajudamos umas às outras, principalmente àquelas que eventualmente possam ter mais dificuldades, o clima esta bem gostoso e dá pra ver a diferença de outras competições”, explicou a ponteira paulistana Suellen.
O time feminino de vôlei sentado do Brasil estreia nos Jogos Paralímpicos de Paris na quinta-feira, 29, às 7h da manhã (horário de Brasília).
O Brasil será representado por 279 atletas, sendo 254 com deficiência, de 20 modalidades nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Nesta quinta-feira, 15, as Seleções feminina e masculina de goalball chegaram à aclimatação francesa.
É a maior delegação brasileira já anunciada para uma edição dos Jogos fora do Brasil. Antes, a maior equipe nacional era de 259 convocados ao todo em Tóquio 2020. Já o recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas com deficiência em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente.
Na região de Aube, serão 215 atletas de 13 modalidades (atletismo, badminton, canoagem, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, judô, remo, natação, taekwondo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado) que farão suas preparações para os Jogos Paralímpicos. No período, os atletas do Brasil terão disponíveis grandes centros de treinamentos, com acomodações acessíveis e operações exclusivas com chef e equipe de cozinha brasileira.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro
FONTE/CRÉDITO: Suellen disputa bola na rede observada por Janaína | Foto: Alessandra Cabral/CPB