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  • sex. nov 22nd, 2024

Mpox: OMS declara emergência de saúde pública global

Mpox: OMS declara emergência de saúde pública global

Ao contrário da varíola comum, a Mpox é uma zoonose que também pode ser propagada de humano para humano, afirma o Pós PhD em neurociências e Biólogo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que alertou para o risco do Mpox no início de 2022.

Nesta quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de Mpox na África como uma emergência de saúde global. A OMS chamou seu comitê de emergência para discutir o surto após a detecção de uma nova e mais perigosa cepa, o “clado Ib”, em quatro províncias africanas onde não havia casos antes.

No início de 2022, o Neurocientista e Biólogo brasileiro membro da Royal Society of Biology no Reino Unido. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, já havia alertado sobre o risco de epidemia e chegou a publicar um estudo sobre a doença. 

Especialistas se reuniram online para avaliar a situação e recomendaram ao Diretor-Geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a declaração de emergência de saúde pública internacional, o nível mais alto de alerta.

O que é a Mpox?

A Mpox, antes chamada de varíola dos macacos, é uma infecção viral que pode se espalhar facilmente entre pessoas e animais. 

Ela se propaga normalmente por meio do contato próximo com outra pessoa, como toques, beijos ou relações sexuais, além de materiais contaminados, como roupas e agulhas, conforme a OMS. 

Sintomas mais comuns da Mpox:

– Febre;

– Erupções cutâneas;

– Dores de cabeça;

– Dores musculares;

– Cansaço;

– Erupções cutâneas (lesões na pele);

– Calafrios.

A Mpox, antes chamada de varíola dos macacos, é uma infecção viral que pode se espalhar facilmente entre pessoas e animais (Foto: Reprodução/FreePik)

O atual surto de Mpox

Desde o começo do ano de 2024, mais de 17.000 casos e 500 mortes foram reportados em 13 países da África, conforme o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças. 

O surto é considerado um “evento de alto risco” e a República Democrática do Congo lidera a lista de locais afetados, já tendo mais de 14.000 casos, o equivalente a 96% dos casos confirmados neste mês.

Como acontece a transmissão da Mpox?

De acordo com o Pós PhD em neurociências e Biólogo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a transmissão da Mpox ocorre, principalmente, pelo contato pele com pele.

A infecção é provavelmente transmitida pelo contato próximo entre a pele, como durante relações sexuais, mas não é uma doença sexualmente transmissível no sentido tradicional e não pode ser estigmatizada para determinados grupos pois pode ser transmitida para todos”.

Semelhante a certos patógenos diarreicos transmitidos por fezes, a transmissão ocorre entre pessoas com contato direto, através de fluidos corporais, gotículas respiratórias, lesões ou itens contaminados como roupas de cama e objetos pessoais”, alerta o Dr. Fabiano, que liderou o estudo “Varíola do macaco: Problemas no coração e neurológicos”, em parceria com a Mestre em Infectologia, Dra. Dalila Gianini e o Médico Cardiologista, Dr. Roberto Yano.

Mpox e seus efeitos no cérebro

Segundo um estudo publicado na revista científica JAMA, o Monnkeypox também pode chegar a provocar complicações neurológicas, apesar de raras, como cefaleia, inflamanção no cérebro, distúrbios de humor, incluindo depressão e ansiedade, e dores crônicas neuropáticas.

Ainda existem poucos estudos sobre a Mpox, serão necessárias novas pesquisas para ter mais detalhes e entender melhor como o vírus afeta o cérebro e o sistema nervoso, mas essas indicações iniciais já demonstram que ele pode chegar a afetar o Sistema Nervoso Central”, ressalta Dr. Fabiano.

Como é feito o tratamento de Mpox?

Atualmente, não existe nenhum medicamento aprovado pela OMS para o tratamento da Mpox, e o tratamento da doença se baseia no tratamento de sintomas e prevenção de sequelas, explica Dr. Fabiano.

Não existe medicamento aprovado para o tratamento da Mpox, na maioria dos casos o paciente se recupera normalmente após algumas semanas, mas o tratamento se baseia no controle dos sintomas e prevenir complicações e sequelas”, explica.

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