Alunos do 5º ano do Colégio Marista Arquidiocesano aprendem como os pets ajudam com as emoções
Os cães terapêuticos desempenham um papel bastante importante na saúde mental e emocional das pessoas.
A interação com os pets pode reduzir significativamente os níveis de estresse e ansiedade. O ato de acariciar um cão pode liberar endorfina, que ajuda a promover sentimentos de calma e bem-estar. Alguns estudos mostram que a presença de cães pode aumentar os níveis de serotonina e dopamina, neurotransmissores associados ao humor positivo. Isso é especialmente benéfico para pessoas que enfrentam depressão ou outros distúrbios emocionais.
Essa é a temática discutida pelos alunos do 5º ano do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado na Zona Sul de São Paulo (SP), no projeto “DivertidaPET: como os animais ajudam com as emoções”. O trabalho está sendo orientado pela coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli e conduzido pela professora Juliana Costa de Oliveira Arantes e faz parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) da turma, prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.
O projeto tem como objetivo entender as emoções humanas e de que maneira os animais podem auxiliar a lidar com elas, quais os benefícios dessa relação de confiança e quais os cuidados necessários quando se opta por ter animais de estimação.
“Em uma conversa informal com alguns alunos, surgiu o interesse em trabalhar com as emoções e de que maneira os animais ajudam a lidar com elas. Estávamos na semana do lançamento do filme Divertida Mente 2, logo as crianças pensaram no título DivertidaPET”, revela a professora Juliana.
Com isso, a turma se interessou em pesquisar mais a respeito de cães terapêuticos. Durante o período das Olimpíadas , os alunos leram a respeito da ginasta Simone Biles e o cachorro da raça golden retriever que atua como cão social. Ele é considerado o primeiro pet terapêutico oficial.
Está sendo produzido um “diário coletivo” em que os alunos podem escrever de que maneira seus animais de estimação ajudam com as emoções e, caso a não tenham pet, é sugerido que a criança entreviste algum familiar/amigo para registrar as suas observações. Cada dia um aluno leva o diário para casa e faz o seu registro.
A turma também ouviu a história “O novelo de emoções”, da escritora Elizabete Neves e pode conversar a respeito do livro. Depois, a professora elencou cinco emoções para que os pequenos criassem as “caixinhas das emoções”: ansiedade, alegria, nojinho, raiva e inveja. Nessas caixinhas, que ficarão expostas na sala de aula, terão frases de autoajuda escritas pelos alunos.
Como intervenção do projeto, os estudantes e seus familiares farão uma “Cãominhada” no parque do Ibirapuera, na capital paulista, reforçando a importância dessa relação de confiança (entre pets e humanos) e os cuidados necessários que se deve ter ao adotar um animal de estimação.
“Os pets são valiosos não apenas como animais de estimação, mas como parceiros essenciais no suporte à saúde mental e emocional. Para muitas pessoas, especialmente aquelas que estão enfrentando situações difíceis como luto ou solidão, os cães terapêuticos oferecem companheirismo incondicional e conforto emocional”, reforça a professora Juliana.