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  • qui. nov 21st, 2024

Com mais de 18 milhões de pessoas com deficiência, Brasil ainda carece de conscientização e inclusão no trabalho

Com mais de 18 milhões de pessoas com deficiência, Brasil ainda carece de conscientização e inclusão no trabalho

Construção é um dos setores que, felizmente, oferecem mais oportunidades para PcDs. Com objetivo de fortalecer ambiente acolhedor para esses profissionais, incorporadora em Goiânia promoveu evento inclusivo

O Brasil conta com 18,6 milhões de pessoas com mais de dois anos, que possuem alguma deficiência, o que corresponde a 8,9% da população, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ( Pnad Contínua 2022), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de importantes avanços legais de proteção para as pessoas com deficiência ou PcDs, a inserção no mercado de trabalho dessa significativa parte dos brasileiros ainda enfrenta muitos desafios, que já começam com a escolaridade. Segundo a Pnad Contínua, a taxa de analfabetismo para as pessoas com deficiência é de 19,5%, enquanto para as pessoas sem deficiência o índice é de 4,1%.

A taxa de participação na força de trabalho do país entre as pessoas sem deficiência é de 66,4%, segundo pesquisa,  enquanto entre as PcDs, é de  29,2%. A construção civil está entre os setores, que felizmente têm oferecido muitas e boas oportunidades de trabalho para essa parte da população brasileira. O estudo de Viabilidade para Inserção Segura de Pessoas com Deficiência (PcDs)  na Construção, revisado e publicado em 2016 pelo Serviço Social da Construção em São Paulo (Seconci-SP) e pelo Sindicato da Indústria da Construção em São Paulo (Sinduscon-SP), revela  que 88,9% dos profissionais com deficiência contratado no setor tiveram  boa adequação a sua função. O levantamento também revela que 61,1% desses profissionais obtiveram desempenho e produtividade dentro da  média das pessoas sem deficiência, e 33,3% acima da média, segundo a avaliação dos gestores.

De acordo com a psicóloga Christina Vieira, independente do setor em que o profissional PCD esteja inserido, é importante sempre que a empresa se prepare para recebê-lo, não somente na parte infraestrutural, mas na parte de conscientização de toda a equipe para que haja uma inclusão positiva do profissional. A profissional ministrou uma palestra em Goiânia, em 06 de agosto, para 230 colaboradores das obras do complexo residencial Europark, da Euro Incorporações, com o tema “Acessibilidade e inclusão na construção civil”.

Orientações para dentro e fora do trabalho

O evento, que contou com a parceria do Serviço Social da Indústria da Construção (Seconci Goiás), teve a participação especial de Marcos Santos de Souza, que ocupa o cargo de porteiro na empresa. Ele compartilhou com os seus colegas sua experiência como profissional PcD e falou de seus anseios e necessidades, além de abordar a forma como prefere ser tratado pelos colegas. Marcos possui deficiência intelectual causada por uma  paralisia cerebral em decorrência da meningite bacteriana, doença que teve quando era recém-nascido. Mas hoje, aos 38 anos, está feliz com seu trabalho e almeja crescer na empresa. Mesmo com sua deficiência, Marcos estudou e concluiu o Ensino Médio e se mostra muito articulado. Ele conta que já trabalhou como garçom por bastante tempo e agora está se adaptando nesta nova área.

Segundo a técnica em segurança do trabalho, Alexandra Avis do Nascimento, a Euro Incorporações sempre buscou proporcionar um ambiente de trabalho tranquilo e acolhedor para todos os seus colaboradores, e isso inclui também as PcDs, como Marcos. “Como a sociedade, em geral, ainda não é tão bem informada sobre às necessidades e direitos das PcDs, decidimos convidar uma profissional para esclarecer a todos sobre as terminologias corretas, dar dicas de boa convivência e tirar dúvidas de nossa equipe”, relata Alexandra

A psicóloga Christina Vieira  esclareceu a diferença entre os termos PNE (Portador de Necessidades Especiais)  e PcD (Pessoa com Deficiência), além de destacar a importância do respeito às diferenças e o não uso de termos pejorativos em relação a essas pessoas no dia a dia.

Fonte: https://cbic.org.br/

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