O Instituto Mais Identidade – que atua na reabilitação de pacientes com mutilações faciais – lança o livro “A lição de Antonella e outras histórias de amor – a origem do Instituto Mais Identidade”, no 18 de dezembro, no auditório da UNIP, a partir das 19 horas. O livro reúne relatos de superação de pacientes atendidos no Instituto Mais Identidade, que recuperaram não só a própria imagem, mas também a dignidade e o sorriso. O evento promoverá encontro entre pacientes, apoiadores, empresários e demais pessoas interessadas em conhecer mais sobre o projeto social de grande impacto. “O livro é uma celebração à vida, às histórias de superação e ao trabalho dedicado de toda equipe do Instituto”, comenta o anfitrião do evento e presidente voluntário do Instituto Mais Identidade, Luciano Dib.
Na ocasião, José Luiz Tejon que, aos 4 anos, teve orosto queimado em um acidente doméstico, fará uma palestra com seu testemunho. Ele sofreu preconceitos pela aparência e se tornou doutor em pedagogia da superação. Além da tese pioneira, tem 10 livros solos publicados e dezenas de outros em co-autoria. “Toda pessoa tem condição de superar. A partir do incômodo, seja um trauma, uma deficiência, uma limitação, o ser humano é capaz de crescer. É preciso incômodo para se transformar e, até mesmo, sonhar.”, defende Tejon.
O que José Luiz Tejon vivenciou, comprovou em sua tese inédita de doutorado é o que o Instituto Mais Identidade atesta com a dedicação de profissionais com mais de três décadas de experiência e 200 de pacientes já atendidos, de 13 estados do país. O trabalho de grande impacto científico e social da instituição sem fins lucrativos, incubado na Universidade Paulista (UNIP), impressiona a cada prótese facial que devolve identidade e dignidade. “Quem tem deformidades na face ou próteses enfrenta dificuldade até com ferramentas de tecnologia de reconhecimento facial, o que causa uma série de transtornos para ter assegurados direitos básicos”, comenta o psicólogo Nicolas Cohen, que faz parte da equipe do Instituto Mais Identidade.
Câncer é principal causa das mutilações faciais
No Brasil, ocorrem mais de 30 mil casos de câncer na região da cabeça e pescoço por ano. E não estão incluídos nesta estatística pacientes vítimas de acidentes e outras formas de traumas. Com 180 páginas, o livro “A lição de Antonella e outras histórias de amor – a origem do Instituto Mais Identidade” expande a visibilidade para o preconceito e dificuldades enfrentados por brasileiros com deformidades faciais mostrando um caminho possível para que eles possam viver com dignidade. “São pessoas que vivem à margem da sociedade, com vergonha das mutilações, enfrentando estigma e preconceito. Pacientes que apresentam limitações funcionais importantes, como dificuldade na fala, alimentação, visão e sociabilidade. Quando recebem a prótese, retomam a vida com plenitude”, comemora o cirurgião-dentista e presidente do Instituto Mais Identidade Luciano Dib.
Nas entrelinhas, o legado de especialistas com reconhecimento internacional que resgata identidades, devolve sorrisos. Todo atendimento é gratuito graças a doação de pessoas físicas e empresas que também se sensibilizam com a causa. A família da farmacêutica Nathalia Quirino Franco e do engenheiro Paulo Franco é uma das que apoiam o Instituto Mais Identidade. De apoiadores espontâneos, eles se viram do outro lado da história quando a segunda filha do casal – Antonella – nasceu sem os dois globos oculares. “Vivemos cinco meses com ela e aprendemos muito. O amor que Antonella deixou vivo em nossa família nos faz melhores, ajuda a enxergar ainda mais o valor da inclusão, da acessibilidade. Sinto que ela deixou uma grande missão para a gente”, destaca o casal, lembrando que A lição de Antonella e outras histórias de amor – a origem do Instituto Mais Identidade é um instrumento para que mais pessoas possam se conectar com as histórias de superação e abraçar causas como a do Instituto Mais Identidade.