O dia 13 de dezembro, é o Dia Nacional das Pessoas com Deficiência Visual. A data foi criada em 1961 como iniciativa de enfrentamento à discriminação e ao preconceito contra as pessoas com deficiência visual, além de buscar a garantia de direitos, acessibilidade e atenção em saúde para essa parcela da população, que no Brasil soma mais de 6,5 milhões de pessoas.
Os serviços oferecidos pelo STF contam com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual. Conheça cinco deles, os quais buscam dar autonomia, igualdade de acesso à informação e plena participação nas atividades realizadas pela Casa.
1. Audiodescrição nas exposições
Nas exposições mais recentes promovidas pelo STF, as obras foram acompanhadas por QR Codes que oferecem audiodescrição. Essa iniciativa permitiu que pessoas com deficiência visual tivessem acesso detalhado às obras apresentadas.
2. Constituição Federal em Braille
O Tribunal disponibiliza exemplares da Constituição Federal em Braille, que podem ser consultados na Biblioteca do STF e no Museu Sepúlveda Pertence.
3. Tecnologias assistivas na biblioteca: OrCam MyEye e Sara CE
A Biblioteca do STF possui dois dispositivos de alta tecnologia que facilitam o acesso à leitura:
- OrCam MyEye: dispositivo que lembra os óculos de realidade virtual. Esse equipamento lê o texto, que é reproduzido em áudio para o fone de ouvido do usuário.
- Sara CE: scanner que digitaliza e converte textos impressos em áudio. É uma solução prática para acessar livros e documentos. Tem capacidade para fazer a leitura de 20 páginas por minuto.
4. Piso tátil para locomoção
Para garantir autonomia no deslocamento dentro das instalações do Tribunal, foi instalado um sistema de piso tátil, que orienta pessoas com deficiência visual nas áreas de circulação pública.
5. Site acessível com alto contraste
O portal oficial do Supremo Tribunal Federal foi aprimorado com melhorias de contraste e compatibilidade com leitores de tela, assim garante que usuários com deficiência visual possam navegar pelo site com facilidade.
Experiências
O servidor Adriano dos Santos Leal, da Coordenadoria de Integração Institucional (CINT), possui baixa visão, decorrente de uma doença degenerativa. Ele usa recursos como o controle de luminosidade no ambiente de trabalho (cortinas para bloquear a luz externa e interruptores para regular a luz interna), o controle de contraste na ferramenta VitorIA do STF Digital e os monitores maiores que o padrão.
Para Adriano, o programa de acessibilidade adotado pelo STF “demonstra um cuidado real com todos os servidores e um interesse em transformar a cultura do Tribunal em um ambiente verdadeiramente inclusivo para todos”.
A chefe da Coordenadoria de Acessibilidade e Sustentabilidade do STF, Carina Lellis, ressalta que o projeto STF Sem Barreiras busca envolver o público interno com deficiência no desenvolvimento dessas iniciativas. Ela exemplifica que a participação de Adriano foi fundamental no desenvolvimento da ferramenta de alto contraste para os sistemas do STF Digital e da VitorIA e que a atuação da estagiária Brenda Saldanha trouxe celeridade nas adaptações.
Carina afirma ainda que inclusão e acessibilidade têm o objetivo de fazer a diferença na vida das pessoas e destaca a importância de humanizar o processo: “Queremos mostrar que buscamos recursos de acessibilidade não apenas porque é o correto, mas porque realmente faz diferença na vida de alguém. Aproximar pessoas com deficiência dos demais servidores acelera o avanço da acessibilidade”.
(Danyelle Silva/AL)
Fonte: https://noticias.stf.jus.br/