Entenda o que é o mapeamento arquitetônico e a acessibilidade atitudinal e como as empresas podem se comprometer com a diversidade e inclusão de pessoas com deficiência
Atualmente, o brasil possui 18,6 milhões de pessoas com deficiência de acordo com dados do PNAD (2023), ou seja, 8,9% da população possui algum tipo de deficiência, seja ela visual, auditiva, física, intelectual ou múltipla, quando existe a associação de duas ou mais delas, incluindo também as pessoas neurodivergentes. Além das adaptações diárias e particularidades, a carreira profissional e o mercado de trabalho também são um desafio para essas pessoas que se deparam com a falta de preparo das lideranças e ausência de acessibilidade nos espaços corporativos.
Por isso, muitas empresas têm investido em soluções e treinamentos a fim de tornar o ambiente de trabalho acessível não apenas na adequação arquitetônica, mas principalmente na transformação atitudinal na cultura e liderança das organizações. Letícia Santana, Consultora e Palestrante da CKZ Diversidade, especialista em Diversidade, Inclusão e Equidade de Gênero, Pessoas com Deficiência e LGBTQIAPN+, destaca a importância de não apenas garantir a acessibilidade arquitetônica, mas também de promover acessibilidade atitudinal.
A consultora da CKZ Diversidade enfrentou os desafios e preconceitos ao retornar para o mercado de trabalho após sofrer um acidente de trânsito em 2009. “Depois da reabilitação, voltei ao mercado de trabalho e percebi que toda a minha trajetória profissional tinha sido apagada. Quando retornei, não fui mais avaliada pelas minhas competências e talentos, mas encontrei uma dificuldade associada à minha deficiência”, conta. Letícia explica que é importante assegurar a acessibilidade arquitetônica e também oferecer meios necessários para que profissionais com deficiência consigam atingir o seu pleno potencial, seja por meio do espaço acessível ou por meio de equipamentos ou tecnologias voltadas para individualidade daquela pessoa com deficiência.
“Aqui aprendemos a não tirar conclusões de que aquela pessoa não é capaz de realizar determinada tarefa ou de fazer uma atividade delegada a ela. Ao invés disso, abrimos espaço para que profissionais com deficiência consigam demonstrar suas próprias habilidades, suas competências, os seus talentos. Para isso, é fundamental que as equipes e lideranças sejam preparadas para lidar de forma natural com a deficiência, sem discriminação ou capacitismo, e promovendo um ambiente onde todos se sintam pertencentes”, complementa.
Letícia complementa que é importante abrir espaço para que profissionais com deficiência consigam demonstrar suas próprias habilidades, suas competências e os seus talentos. Para isso, as equipes e lideranças precisam estar preparadas para lidar de forma natural com a deficiência, sem discriminação ou capacitismo, promovendo um ambiente onde todos se sintam pertencentes.
Para auxiliar nessa transformação dos ambientes de trabalho, a CKZ Diversidade criou um serviço de mapeamento arquitetônico de acessibilidade, uma solução implementada nas organizações desde 2019 e que ajuda diversos setores a se tornarem mais acessíveis e inclusivos. “Para criar um ambiente inclusivo e pertencente para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, temos que ir além da parte estrutural, gerando um ambiente com mais segurança psicológica onde as pessoas podem ser elas mesmas e, de fato, se sentirem parte da empresa. Dessa forma, as lideranças conseguem não apenas atrair talentos, mas também reter essas pessoas, transformando a cultura organizacional, desde o momento da divulgação da vaga, seleção de pessoas candidatas, integração e acompanhamento dos trabalhos executados”, explica Beatriz Kerr, Engenheira Civil da CKZ Diversidade e responsável pela solução.