OPINIÃO
- * Por Sérgio Ramos de Faria
Quando falamos em acessibilidade, é essencial dedicar tempo, recursos e habilidades. O retorno é sempre significativo!
Cego desde os 2 anos, entrei no mercado de trabalho em 1985 e ainda estou aqui, desbravando novas oportunidades. Nos meus primeiros anos, dependia de sons e de um aplicativo desenvolvido pela comunidade do Brasil de pessoas cegas, além de materiais que, muitas vezes, não eram acessíveis devido a barreiras linguísticas. Com mais três colegas em situação similar, comecei a buscar melhorias, não só para nós, mas também para abrir portas para outros.
A jornada foi desafiadora: a cada avanço tecnológico, a acessibilidade demorava a acompanhar. Em 1998, tornei-me funcionário Accenture. Fui acolhido com atenção às minhas necessidades e tive acesso às melhores ferramentas. Desde então, meu foco é a acessibilidade, sempre em parceria com outros para explorar as melhores práticas e com apoio da empresa para essa busca.
Iniciamos os testes com o Braille Sense 6, um notetaker que combina o sistema braille de 32 células com um software de voz intuitivo. Essa ferramenta oferece acesso a diversos formatos de arquivos, permite a produção de conteúdo e a digitalização de documentos. Imagine participar ativamente de reuniões, anotando em braille enquanto acompanha as discussões e apresentando materiais de forma mais eficiente.
Accenture Brasil está comprometida em promover a acessibilidade para todos, garantindo que cada pessoa possa dar o seu melhor, independentemente de suas necessidades.
- * Sérgio Ramos de Faria é Account Manager Accenture Brasil