• sex. fev 28th, 2025

Acessibilidade para pessoas com deficiência no Carnaval de 2025 na capital paulista

Acessibilidade para pessoas com deficiência no Carnaval de 2025 na capital paulista

Desfiles vão contar com audiodescrição e tradução em Libras

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), promove em mais um ano acessibilidade e inclusão no Carnaval de 2025, que acontece nos dias 28 de fevereiro, 1 e 2 de março. 

O primeiro recurso é a audiodescrição, feita para pessoas com deficiência visual e cegas. Este serviço de acessibilidade fornece detalhes sobre imagens, expressões faciais, figurinos, cenários e qualquer outra informação visual que compunham o contexto a ser descrito. 

A preparação para a audiodescrição acontece bem antes do dia dos desfiles. O profissional audiodescritor realiza uma pesquisa e recebe um material referente à cada escola de samba, com detalhes do que será apresentado na avenida. Assim, ele tem condições de enriquecer a descrição com a história da escola, dos sambas-enredo e das demais informações sobre o que será apresentado no Anhembi. 

O serviço será operacionalizado por meio de uma cabine instalada no Sambódromo, dentro da qual o audiodescritor transformará o que há de visual no desfile em verbal. A transmissão acontece em tempo real pelo canal do Youtube da secretaria (@smpedsp) para quem quiser assistir de casa. 

O segundo recurso é o Samba com as Mãos, lançado no último domingo (23), projeto que traduz em Libras os sambas-enredo das escolas do Grupo Especial e Grupo de Acesso I — este último incluso desde o Carnaval de 2023. 

As gravações foram realizadas em janeiro deste ano, na Fábrica do Samba. Foram interpretados 22 sambas do Grupo Especial e Grupo de Acesso com o apoio de integrantes das agremiações, intérpretes de Libras e surdos. 

Antes da etapa de gravação, há a fase de pesquisa. É necessário estudo e empenho específicos nesse tipo de interpretação, já que os sambas-enredo, muitas vezes, usam palavras de origem africana e ditos populares: isso exige do intérprete um trabalho em conjunto com o autor da letra, para que nada se perca e o contexto se mantenha. O projeto, do início à conclusão, é acompanhado por pessoas com deficiência auditiva. 

Os vídeos com as interpretações estão disponíveis nas redes sociais da SMPED (Youtube, Instagram, Facebook). 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *