• seg. mar 3rd, 2025

Novas leis que beneficiam pessoas com deficiência ou com transtornos já estão em vigor

Novas leis que beneficiam pessoas com deficiência ou com transtornos já estão em vigor

Para a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética, leis que facilitem o acesso à saúde são benéficas tanto para médicos quanto para pacientes

Pessoas com diferentes tipos de deficiência estiveram no centro de discussões que resultaram nas recentes criações e aprovações de medidas que ampliam seus direitos. Um exemplo é a Lei n.º 14.863, de 2024, que garante o acesso de pessoas com deficiência a iniciativas sociais, preventivas e educativas. A partir daí, campanhas como a do “Outubro Rosa”, relacionada ao câncer de mama, passaram a contar com recursos audiovisuais adequados, como o braile.

“São avanços importantes. Além dos pacientes, médicos e profissionais da saúde em geral também são beneficiados. Uma vez que mais pessoas são conscientizadas, há maior chance de detecção no estágio inicial da doença e maiores possibilidades de tratamento e de cura, o que permite que os profissionais tenham tempo hábil para definir a melhor estratégia”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.

Além das ações com foco na conscientização, há também iniciativas recentes para ampliar a inclusão social. Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo, estão amparadas pela Lei n.º 14.992, de 2024, a qual cria medidas para que elas sejam inseridas no mercado de trabalho por meio da integração de bases de dados de emprego com cadastros de pessoas com o TEA.

Já a Lei n.º 14.351, também de 2024, define as cores para a chamada “bengala longa” usada por pessoas com cegueira e baixa visão, de forma a facilitar a identificação do seu grau de deficiência. A branca, por exemplo, é destinada a pessoas cegas; e a verde, a pessoas com baixa visão ou visão subnormal; enquanto as vermelhas e brancas são designadas ao reconhecimento de pessoas surdas-cegas.

“Essa Lei também é de extrema importância para o ambiente médico-hospitalar, pois assim que a pessoa chega ao hospital, o profissional já sabe como poderá atendê-lo de forma mais assertiva. Por mais que possa estar acompanhado, é fundamental que o paciente com deficiência se sinta realmente integrado à consulta, por meio de um atendimento humanizado”, afirma o especialista em direito médico.

A Lei n.º 15.069, de 2024, por sua vez, institui a “Política Nacional de Cuidados”. Ela promove a inclusão e a equidade, garantindo que todos tenham acesso aos cuidados necessários, independentemente de raça, gênero, condição física ou situação econômica. Segundo o presidente da Anadem, leis dessa natureza precisam ser cada vez mais discutidas: “Pacientes e profissionais da saúde só terão a ganhar. Por isso, é essencial a criação de políticas públicas com esse foco”.

Anadem

A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) foi criada em 1998. Como entidade que luta pelos direitos de sua categoria, promove o debate sobre questões relacionadas ao exercício da medicina, além de realizar análises e propor soluções em todas as áreas de interesse dos clientes, especialmente no campo jurídico. Para saber mais, clique aqui

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