• ter. abr 1st, 2025

Especialista responde as principais dúvidas sobre incontinência urinária

Especialista responde as principais dúvidas sobre incontinência urinária

Vontade incontrolável de ir ao banheiro ou perda de urina ao tossir e espirrar são alguns dos sintomas que podem indicar incontinência urinária (IU). Em março, mês de conscientização sobre a doença, o tema fica ainda mais em evidência considerando que o número de pessoas com a condição segue aumentando anualmente. Não à toa, uma recente pesquisa realizada pela Bigfral-Ipec apontou que 30% da população é acometida pelo distúrbio.
 

Para a empresa, mais importante do que tratar o problema após o diagnóstico, é trabalhar a prevenção. Para ajudar a prevenir, detectar e encontrar o melhor tratamento, Roberta França, médica geriatra, esclarece as principais dúvidas sobre a doença. Confira!

1. O que é incontinência urinária?

Basicamente é a perda involuntária da urina. A pessoa não consegue ter o controle da bexiga sobre quando e onde urinar.

2. Quais são os primeiros indícios da doença?

Há algumas classificações para a IU. Pode ser por urgência – quando a pessoa sofre de bexiga hiperativa e surge uma vontade forte de urinar instantaneamente; ou por esforço – quando há escape de urina ao tossir, rir, fazer exercício ou em outros afazeres cotidianos.

3. Existem tipos diferentes de incontinência urinária?

A doença pode se manifestar de até cinco formas. Uma delas é a bexiga hiperactiva, que é a vontade extrema de urinar, sem contenção. Também tem a incontinência de esforço, que consiste em urinar por coisas simples, como tossir, espirrar ou rir. A incontinência mista, que consiste em um mix das duas anteriores. Já a incontinência por regurgitação é a incapacidade da bexiga de extrair a urina e, por fim, a incontinência funcional, que é a perda total do controle da bexiga, impedindo até que a pessoa consiga se despir da roupa antes de urinar.

4. Quais hábitos ou condições podem aumentar a probabilidade do distúrbio?
Obesidade, tabagismo, complicações no parto e histórico familiar são alguns dos fatores de pré-disposição ao aparecimento da UI, portanto, a enfermidade pode se manifestar tanto em homens quanto em mulheres.

Além disso, doenças neurológicas, tumores, diabetes, menopausa e demais condições, como malformação do trato urinário e doenças na próstata também podem estar relacionadas ao aparecimento da incontinência urinária, por esse motivo o histórico do paciente, seus hábitos e costumes devem ser observados.


5. Existe alguma idade para maior pré-disposição da incontinência urinária?
Todo mundo pode ter incontinência, em todas as idades. Porém, um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) constatou que o distúrbio tem acometido mais mulheres, estando presente 45% no público feminino entre 45 e 50 anos, e apenas 15% nos homens a partir dos 40 anos.
 

6. Quais exames confirmam o diagnóstico da doença e qual o tratamento?

Alguns exames, como ecografia pélvica, citoscopia, cultura da urina, entre outros, ajudam a traçar um diagnóstico preciso. A partir disso, é possível direcionar o tratamento para a incontinência da urina, podendo ser algo mais simples e menos invasivo, como uma mudança comportamental, ajuste de rotina e hábitos. Medicamentos são indicados apenas para tratar casos de urgência, reduzindo as contrações involuntárias da bexiga hiperativa, e cirurgias apenas em situações de extrema necessidade.

7. Incontinência urinária tem cura?

Sim, na maioria das vezes é possível ficar totalmente livre do distúrbio, porém é necessário tratamento adequado e ajuda especializada.

8. Quais cuidados ter para evitar a doença?

Medidas simples na rotina de todas as pessoas podem ajudar a prevenir a doença ou tratá-la nos estágios iniciais, quando o desconforto passa de pontual para recorrente. Incluir alarmes e avisos para lembrar de ir ao banheiro em intervalos de tempo, além de evitar o escape da urina, pode auxiliar na manutenção do trato urinário, assim como a hidratação e consumo de água em quantidades adequadas.

9. Qual médico deve ser procurado para diagnóstico e tratamento da IU?

A especialidade mais indicada para maior assertividade da doença é o urologista. Ele vai conseguir detectar se existe o distúrbio, qual a sua categoria e estágio. Além disso, homens e mulheres recebem diferentes tipos de tratamento, respeitando a causa do surgimento da IU e a idade.

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