• dom. maio 25th, 2025

Falta de acessibilidade na seleção das empresas pode excluir talentos

Falta de acessibilidade na seleção das empresas pode excluir talentos

Talento Incluir orienta empresas a tornarem processos mais justos e eficazes, sem perder qualidade com 10 dicas importante para antes, durante e depois da entrevista

Realizar uma seleção acessível e inclusiva para pessoas com deficiência é um desafio para as empresas. A falta de acessibilidade e suporte pode excluir pessoas qualificadas e com alto potencial para gerar resultados nas organizações. A pesquisa “Radar da Inclusão: mapeando a empregabilidade de Pessoas com Deficiência”, revelou que entre as 1.230 pessoas com deficiência ou neurodivergência entrevistadas, 82% percebem que a maioria das empresas ainda não está preparada para recebê-las adequadamente. Além disso, 67% afirmam que o ambiente de trabalho atual não é adequado às suas necessidades.

Para apoiar organizações nessa jornada, Carolina Ignarra, CEO da Talento Incluir – pioneira na inclusão produtiva de mais de 9 mil profissionais com deficiência no país – traz algumas orientações essenciais, com ações para tornar a seleção mais acessível e inclusiva:

  1. Mapeie a acessibilidade na seleção – antes de iniciar uma seleção, é fundamental avaliar se o processo atual é realmente acessível para todas as deficiências. Esse mapeamento permite identificar se já há um ambiente favorável ou se serão necessárias melhorias em cada etapa, desde a inscrição até a entrevista, garantindo que nenhuma pessoa seja deixada de fora;
  2. Adapte critérios de avaliação, sem perder a qualidade – é possível adaptar dinâmicas, entrevistas e testes de forma justa e eficaz para considerar diferentes perfis de pessoas candidatas às vagas. Essas adaptações não diminuem a exigência pela qualidade profissional — ao contrário, ampliam a diversidade de habilidades, experiências e pontos de vista no processo de escolha;
  3. Divulgue vagas de forma acessível – a comunicação sobre as vagas deve ser feita de maneira acessível, desde o site da empresa aos anúncios em jornais, revistas, internet e redes sociais, utilizando recursos como audiodescrição, Libras, textos em leitura simples. Além disso, é essencial que a linguagem utilizada seja inclusiva e acolhedora, mostrando que a empresa valoriza a diversidade;
  4. Ofereça suporte às pessoas que se candidatam, com comunicação concisa e acessível – disponibilizar atendimento para esclarecer dúvidas e orientar as pessoas que se candidatam é uma forma prática de inclusão. A comunicação deve ser objetiva e adaptada às necessidades individuais de cada pessoa, garantindo que todas as pessoas possam participar em igualdade de condições;
  5. Trate a pessoa como profissional, não como uma deficiência – a entrevista deve focar nas competências, experiências e habilidades profissionais para a vaga — como seria com qualquer outra pessoa. Evite centralizar a conversa na deficiência, pois isso não interfere na eficiência da pessoa;
  6. Pergunte o que é relevante para o trabalho – perguntar sobre a necessidade de adaptações para a função é a melhor atitude a se tomar;
  7. Use uma linguagem inclusiva – evite expressões capacitistas, infantilizadas ou ultrapassadas (como “pessoa portadora de deficiência”, “sofre de”, “vitimada por”). Prefira outras, como: pessoa com deficiência ou simplesmente trate a pessoa pelo nome, como qualquer outra pessoa;
  8. Ofereça as condições adequadas para a entrevista – antes da entrevista, pergunte se a pessoa precisa de algum recurso de acessibilidade (intérprete de Libras, sala adaptada, tempo adicional, apoio tecnológico etc.). Isso demonstra intencionalidade, com respeito e preparação;
  9. Desconstrua seu capacitismo – não subestime nem superestime a capacidade da pessoa com deficiência e evite suposições do tipo “Será que vai dar conta?” ou o contrário, como “Nossa, que superação! Você é uma heroína”. Faça uma avaliação técnica e objetiva, como faria com qualquer pessoa que estivesse concorrendo à vaga;
  10. Dê retorno após a entrevista – promova um feedback acessível e respeitoso, independentemente do resultado. Essa é uma das atitudes que ajuda a reforçar a responsabilidade da empresa com a inclusão e diversidade.

“Empresas que investem na construção de processos seletivos acessíveis não apenas cumprem seu papel social, mas conquistam profissionais que podem transformar resultados e a cultura organizacional”, afirma Carolina Ignarra, CEO da Talento Incluir.

Sobre a Talento Incluir

A Talento Incluir, empresa com atuação pioneira em Consultoria, Letramento, Empregabilidade e Capacitação das pessoas com deficiência, já inseriu no mercado de trabalho mais de 9 mil profissionais com deficiência. Fundada em 2008, sua missão é trazer dignidade para pessoas com deficiência por meio da empregabilidade. Em toda a sua trajetória, aplicou Programas de Inclusão 360º para formar e fortalecer a cultura de inclusão em mais de 650 empresas de diversos setores em todo Brasil, como Mercado Livre, Renner, Mondelez, Siemens Energy, Siemens Healthineers, Organizações Globo, Sephora, Loreal, AstraZeneca, GRU Airport, Eurofarma entre outras. 

CRÉDITO/IMAGEM: Lara Souto Santana, profissional com deficiência | foto: Iza Guedes

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