• sex. jun 13th, 2025

Moda inclusiva aquece demanda por costura sob medida no Brasil

Moda inclusiva aquece demanda por costura sob medida no Brasil

Setor de moda busca se adaptar à diversidade de corpos; Sigbol forma profissionais para atuar com técnica e profissionalismo

A moda vem ampliando, ainda que de forma gradual, sua atenção à diversidade de
corpos. Com consumidores cada vez mais conscientes e exigentes, cresce a
procura por roupas que respeitem diferentes proporções, necessidades e
identidades. A costura sob medida tem se consolidado como alternativa importante
nesse processo, ao permitir maior personalização, conforto e representatividade.

Segundo o IBGE, mais de 18,6 milhões de brasileiros têm algum tipo de
deficiência. Já o mercado plus size, que representa cerca de 30% da população,
movimenta atualmente mais de R$ 10 bilhões por ano, com expectativa de
ultrapassar os R$ 15 bilhões até 2027, segundo a Associação Brasil Plus Size.
Ainda assim, boa parte desses consumidores segue encontrando dificuldades para
se vestir com dignidade e estilo.

A personalização tem se destacado não apenas como resposta a essas demandas,
mas também como oportunidade de carreira. A Sigbol, escola de moda e costura,
tem formado profissionais capacitados para atender essa nova realidade do setor.
São alunos que aprendem técnicas de corte, modelagem e acabamento com foco
na criação de peças pensadas para diferentes perfis de corpo.

“O mercado está começando a enxergar a importância da inclusão real, e isso
passa por profissionais preparados para atender às singularidades de cada pessoa”,
afirma Mayara Behlau, professora da Sigbol. “Modelar é entender a anatomia, a
história e a necessidade do outro.”

Com mais de 55 anos de atuação, a Sigbol oferece cursos que vão do desenho de
moda à costura profissional, passando por áreas como moulage e personal stylist.
Muitos alunos chegam à escola após experiências frustrantes com o varejo
tradicional e decidem empreender atendendo nichos ignorados pela moda
convencional.

Segundo Behlau, a demanda por moda inclusiva não se limita ao segmento plus
size: “Cada vez mais surgem pedidos específicos, como roupas adaptadas para
cadeirantes, pessoas com próteses ou necessidades motoras. A moda precisa estar
preparada para isso.”

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