Iniciativa realizará ainda clínicas de treinamento prévias, antes do embarque; Objetivo é que os convidados com deficiências visuais e auditivas vivenciem a experiência a bordo de forma completa e autônoma em expedição às Ilhas Cagarras (RJ)
Estreando este ano na principal competição de barcos a vela do mundo, o Mubadala Brazil SailGP Team tem ganhado cada vez mais destaque entre os fãs de velocidade, esporte e entretenimento. No entanto, não é somente pela tecnologia avançada dos barcos e manobras espetaculares protagonizadas por seus atletas de elite que a equipe brasileira vem se destacando. Faz parte do DNA da equipe brasileira o propósito de incentivar a inclusão social e a conservação ambiental, e, em parceria com a organização Nas Marés, a equipe está colocando estes valores à mostra na segunda fase da Impact League – competição paralela do SailGP em uma verdadeira corrida pelo planeta, na qual todos os times participantes da temporada devem se comprometer e realizar ações de impacto positivo, como iniciativas em prol do meio ambiente e da inclusão social -, no projeto Velejando com Sentido, que tem como objetivo promover ações com pessoas com deficiência (PCD) em prol de equidade e diversidade no esporte.
“Nossa equipe tem compromissos que vão muito além do esporte. Para nós, o esporte é um meio de promover impactos socioambientais positivos, e o projeto Velejando com Sentido será mais uma de nossas ações neste caminho. Iremos oferecer à comunidade do iatismo a oportunidade de adquirir conhecimentos e viver experiências de velejar e instruir pessoas com deficiências por meio de práticas inclusivas, interativas e acessíveis”, conta Mariana Britto, Diretora de Marketing e Impacto do Mubadala Brazil SailGP Team.
Os objetivos do projeto Velejando com Sentido estão sendo buscados via um programa em três fases. A primeira fase consistiu em quatro encontros virtuais com convidados especiais, com discussões sobre temas relacionados à prática esportiva, inclusão e benefícios dos esportes náuticos para todas as pessoas. Essa fase – que foi aberta ao público geral por meio de inscrições realizadas no site oficial da Nas Marés e teve cerca de 200 interessados – aconteceu entre o mês de maio e o começo de junho, protagonizados por personalidades como Fernando Fernandes e Felipe Kizu (com o tema “Esporte como um caminho de transformação”), Ana Paula e Leo Scott (falando sobre “Projetos que aproximam realidades e percepções”), Lars Grael e Miguel Martin Olio (em “A vela como possibilidade de esporte para todos”) e Juliana Senfft e Mauro Osorio (“Vela adaptada: acessibilidade e inclusão na prática”).
Já a segunda fase vai acontecer entre os dias 13 e 15 de junho (sexta-feira, sábado e domingo) e contará com uma clínica de treinamentos práticos e teóricos voltada para um grupo velejadores, treinadores e 8 pessoas com deficiências visuais e auditivas, com o objetivo de desenvolver habilidades e ampliar o conhecimento sobre a vela adaptada. Os encontros serão realizados na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, e também vão contar com experiências dentro d’água, a bordo de embarcações cedidas pela Marinha do Brasil.
Por fim, a terceira e última fase, marcada para 16 de junho, oferecerá uma experiência multissensorial de conexão com a natureza, por meio de uma expedição rumo ao Monumento Natural das Ilhas Cagarras (MONA Cagarras), unidade federal de proteção integral localizada a cerca de 5 km da praia de Ipanema, no município do Rio de Janeiro. A localização foi designada como um “Hope Spot” (Ponto de Esperança) pela organização global Mission Blue, devido à sua grande biodiversidade e importância para a conservação marinha. Este reconhecimento destaca a área como um local de grande valor para a saúde dos oceanos e de sua fauna e flora características, como áreas que precisam de proteção ou onde há necessidade de mais ações de conservação.
A atividade – que será acompanhada pelas equipes do Mubadala Brazil SailGP Team, da Nas Marés e por biólogos – contará com recursos como hidrofones, que permitem a escuta das vocalizações de animais marinhos, como baleias, que costumam ser avistadas na região nesta época do ano, e objetos táteis, ampliando as formas de percepção e tornando a vivência acessível aos portadores de deficiência visual. Todo o material informativo da expedição também estará disponível por escrito, contemplando os portadores de deficiência auditiva, que também estarão acompanhados de intérpretes de libras.
“Na Nas Marés, acreditamos que o esporte na natureza é uma ferramenta de transformação e de construção de uma relação saudável e sustentável com o planeta. Entendemos que velejar é, antes de tudo, se encantar com a natureza e sentir a conexão profunda com o oceano e seus ritmos. Com o projeto Velejando com Sentido, propomos um encontro entre o oceano e a diversidade, onde cada pessoa possa se sentir pertencente e parte do todo. Acreditamos no poder de experiências que inspiram novas formas de estar no mundo. Com o barco como plataforma educacional e o oceano como grande mestre, estar ao lado do Mubadala Brazil SailGP Team nessa iniciativa nos permite transbordar e propagar essa visão, inspirando relações mais acessíveis, sensíveis e transformadoras com o oceano”, reforça Juliana Poncioni Mota, fundadora e CEO da Nas Marés.
O programa de ações do Mubadala Brazil SailGP Team / Nas Marés faz parte da SailGP Impact League – Accelerating Inclusion. A Impact League é uma corrida para conscientizar, educar e mudar o mundo, que premia as equipes por ações ambientais e iniciativas de inclusão. A primeira etapa da Impact League na atual temporada do SailGP doi a The Race to Zero Waste, vencida justamente pela parceria Mubadala Brazil SailGP Team / Nas Marés, com um projeto de coleta de mais de 4 toneladas de lixo na Ilha de Pombeba, na Baía de Guanabara, com a participação dos irmãos Martine e Marco Grael e de mais de 40 voluntários, pesquisadores e pescadores locais contratados, pessoas diretamente impactadas pelos severos problemas ambientais na região.
“O esporte pode ser inspirador por diferentes motivos, e com as ações do nosso time queremos mostrar o quanto podemos contribuir para um mundo mais sustentável e inclusivo. Experiências como as que vamos viver com o projeto Velejando com Sentido são únicas e têm o poder de despertar sentimentos de bem-estar, conexão com a natureza, pertencimento, autonomia, confiança, trabalho em equipe e resiliência”, destacou a capitã do Mubadala Brazil SailGP Team, Martine Grael.
Sobre o Mubadala Brazil SailGP Team
O Mubadala Brazil SailGP Team representa o Brasil na elite global da vela como a primeira equipe brasileira a competir no SailGP. Liderada por Martine Grael, a primeira mulher capitã da competição, a equipe conta com o atual campeão da America’s Cup Andy Maloney como Flight Controller e Leigh McMillan como Wing Trimmer, além de Paul Goodison como estrategista. Completam o time Marco Grael, irmão de Martine, Mateus Isaac e Breno Kneipp na posição de Grinders. O time brasileiro tem como patrocinadores Mubadala (Naming Rights), Banco BRB, Ambipar, Atvos, Oakberry, Vale (Global Partners) e Ballena (Official Supplier).
Sobre a Nas Marés
A Nas Marés é um ecossistema dedicado à conservação do oceano, que se inspira na natureza e seus ciclos para desenvolver soluções criativas e inovadoras pela sustentabilidade. Através de abordagem sistêmica de impacto, metodologias educacionais e ações experienciais, a organização busca encantar e aproximar as pessoas do oceano, fazendo emergir sensibilização e conhecimento para transformar indivíduos e organizações. A Nas Marés destaca-se ao promover uma nova visão de mundo que propicia o desenvolvimento de um sistema econômico e produtivo regenerativo, fundamental para a manutenção da vida humana no planeta Terra.
Mais informações: Site
CRÉDITO/IMAGEM: Marco Grael, atleta que ocupa a podição de Grinder no Mubadala Brazil SailGP Team, em ação de coleta de lixo na Ilha da Pombeba, na Baía de Guanabara, durante a primeira fase da Impact League, do SailGP, realizada em parceria com o Nas Marés (Créditos: AT Films)